Música
Sublime entrega tudo em show em SP, mas de forma caótica

Como parte da turnê The Offspring: Supercharged Worldwide in ’25, que contou ainda com Rise Against, The Damned, Amyl & the Sniffers, The Warning e (claro) The Offspring, Sublime se apresentou em pouco mais de 1h30 na tarde do último sábado (8) no Allianz Parque, em São Paulo.
A banda trouxe hits do seu álbum mais conhecido, Sublime (1996), e faixas raras de discos menos apreciados por aqui. Com Jakob Nowell no lugar em que seu pai, Bradley Nowell, fez história, o Sublime mantém dois integrantes originais: Eric Wilson no baixo e Bud Gaugh na bateria.

O clima descontraído dos músicos deu o tom para a apresentação inteira. Com Jakob visivelmente extasiado, a banda abriu os trabalhos com “Garden Grove“, do álbum 40 Oz. to Freedom (1992), “Wrong Way” e “April 29th, 1992 (Miami)“, ambas do disco Sublime. Além disso, teve espaço para covers de Toots & The Maytals (“54-46 That’s My Number“), Bob Marley & The Wailers (“Jailhouse“) e Feel Like That (“Feel Like That“).
A essa altura, o que parecia uma falta de ajustes técnicos das primeiras músicas se mostrou permanente. Geralmente no começo da apresentação se fazem os ajustes finais do som, mas não aconteceu com Sublime. Ou escolheram deixar do jeito que estava. O fato é que muitas vezes não dava para entender nada do que Jakob cantava ou falava, e, pode parecer uma heresia, mas em alguns momentos parecia uma banda cover do Sublime em cima do palco. E nem tão boa assim.
Foi semelhante a ouvir uma banda de garagem ensaiando com todos os instrumentos no volume máximo, atropelando uns aos outros, e o vocalista se esgoelando para conseguir se ouvir. Talvez o retorno dele estivesse bom, vai saber, mas não tinha UMA pessoa na cabine de áudio para ajustar os volumes?
O ponto alto do show foi o guitarrista Noodles, do The Offspring, que subiu ao palco para tocar com a banda a aguardada “What I Got“, de Sublime, seguida por duas músicas solos de Jakob: “Boss DJ” e “Pool Shark“, ambas de Robbin’ the Hood (1995). “Waiting for My Ruca“, de 40 Oz. to Freedom, “Date Rape“, de Jah Won’t Pay the Bills (1991) e “Feel Like That“, cover do Stick Figure, vieram na sequência. Para finalizar, duas do disco Sublime: “Same in the End” e a mais esperada da apresentação, “Santeria“.
Passeando pela discografia quase inteira, Sublime apresentou muitas fases da banda para uma grande maioria que talvez só conhecesse um de seus álbuns, e mostraram que fizeram muito bem em voltar a ativa, só precisam ser um pouco mais sublimes tecnicamente.
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