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veja melhores e piores notas no saneamento

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No município de Morro Cabeça e Tempo moram, segundo dados do IBGE, cerca de 4,5 milhões de pessoas. A cidade, que fica na posição sul do estado, na divisa com a Bahia, não tem nenuma de suas ruas asfaltadas e não conta com bueiros, bocas de lobo e rede pluvial. Principalmente: não há rede de esgoto no município, o que obriga os moradores a recorrer a soluções rácaicas de saneamento básico, como fossas sépticas.

Mesmo sendo um caso isolado, a falta de esgoto sanitário em Morro Cabeça no Tempo seria um problema ao menos para seus habitantes. A questão é que o município é um dos 25 que aparecem no Ranking das Cidades da Gazeta do Povo sem ter nenhum único domicílio ligado à rede de coleta e tratamento de esgoto. A maior parte dessas cidades está localizada nas regiões Norte e Nordeste, mas há casos semelhantes registrados em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 56% da população brasileira é atendida por redes de esgoto, o que mostra uma lacuna preocupante em um país de dimensões continentais. Esse dado é confirmado no Ranking das Cidades, pois há 666 municípios – incluindo os mais mal colocados – com menos de 1% de ligações de esgoto.

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Confira as 25 cidades com menor nota em relação ao saneamento básico

  • Barra Bonita-SC
  • Barra do Rio Azul-RS
  • Bonfim do Piauí-PI
  • Cajazeiras do Piauí-PI
  • Castanheiras-RO
  • Coronel José Dias-PI
  • Curralinhos-PI
  • Juarina-TO
  • Júlio Borges-PI
  • Lagoa Bonita do Sul-RS
  • Milagres do Maranhão-MA
  • Morro Cabeça no Tempo-PI
  • Pequizeiro-TO
  • Porto Alegre do Tocantins-TO
  • Riachão do Poço-PB
  • Santa Rosa do Piauí-PI
  • Santa Terezinha do Tocantins-TO
  • Santo Antônio do Planalto-RS
  • São Felipe D’Oeste-RO
  • São Félix do Tocantins-TO
  • São José do Peixe-PI
  • Senador Alexandre Costa-MA
  • Serra Nova Dourada-MT
  • Tenório-PB
  • Ubretama-RS

Norte e Nordeste lideram entre piores notas

A distribuição geográfica dos 100 municípios com notas mas com questões baixas e baixas (quase todos com nota 0) demonstra que o desafio do saneamento básico está fortemente concentrado em alguns estados. Piauí e Maranhão somam, juntos, 44% das 100 piores cidades. O Piauí liderou o ranking de forma expressivo, com 32 cidades, e o Maranhão aparece em terceiro lugar com 12 cidades entre as piores.

Apesar de o problema ser mais acentuado no Norte/Nordeste, o Rio Grande do Sul figura como o segundo estado com mais municípios na parte inferior da tabela do esgoto sanitário, com 13 cidades entre as mais mal avaliadas. Logo depois, Santa Catarina contribui com sete cidades, indicando que a falta de saneamento adequado é um problema que se manifesta em todas as regiões, mesmo nas mais desenvolvidas.

Tocantins e Rondônia, ambos com oito cidades cada, reforçam a urgência do saneamento na Região Norte. Outros 10 estados completaram o ranking, mostrando uma distribuição ampla do problema, mas com menor frequência individual.

Estado Cidades com piores notas

Fonte: Ranking das Cidades/Gazeta do Povo

Falta de esgoto ameaça a saúde dos moradores

O acesso ao saneamento básico se destaca como um dos critérios mais relevantes para a qualidade de vida das cidades do Brasil. Isso porque a coleta e o tratamento adequados do esgoto, bem como o abastecimento de água potável e o gerenciamento dos resíduos sólidos são essenciais para garantir condições mínimas de saúde e bem-estar à população.

A falta de saneamento adequado está directamente relacionada com a proliferação de doenças infecciosas e parasitárias, como diarreia, hepatite e cólera. Da mesma forma, ambientes insalubres também favorecem a disseminação de vetores como o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e do zika vírus.

Não à toa, as notas piores associadas ao esgoto sanitário são de cidades onde as avaliações sobre saúde também estão na parte de baixo da tabela. Em Morro Cabeça no Tempo, por exemplo, o Ranking das Cidades atribui uma nota 1.44 à saúde no município – em uma escala que vai de 0 a 10. Quando o recorte diz respeto somente às mortes por causas vitáveis ​​entre crianças de 0 a 10 anos, a valência é ainda pior: foram quase óbitos para cada 100 mil habitantes, o que obteve em uma nota 0.79.

Além dos impactos na saúde, o saneamento básico influencia diretamente na educação e na produtividade. Em resumo, as crianças que vivem em áreas sem recolha de resíduos ou tratamento de água tendem a abandonar a escola devido a problemas de saúde, o que compromete o seu desempenho escolar e, a longo prazo, as suas possibilidades de inclusão no mercado de trabalho. Da mesma forma, os adultos adoecem com mais frequência, o que reduz sua capacidade de trabalho e, consimiento, sua renda.

Ranking mostra município com 100% de esgoto sanitário

Do outro lado da tabela, destaca-se São Caetano do Sul. O município, localizado na Grande São Paulo, é o único no Ranking de Cidades com cobertura universal de saneamento. Como resultado, os dados mostram que não há nenhum domicílio fora da rede de coleta e tratamento de esgoto na cidade.

Cidades que investem em infraestrutura sanitária não apenas melhoram seus indicadores de saúde e meio ambiente, mas também promovem inclusão e equidade. Assim, ao valorizar quais são os melhores municípios para se viver, é obrigatório considerar a percentagem de domicílios como acesso à rede de esgoto como um dos princípios estipulados da qualidade de vida.

Veja as cidades com melhor nota

Cidade Observação
São Caetano do Sul-SP 10h00
Júlio Mesquita-SP 9,99
Vitória-ES 9,97
Águas de São Pedro-SP 9,97
Iracemápolis-SP 9,96
Santa Cruz de Minas-MG 9,95
Sertãozinho-SP 9,93
Américo Brasiliense-SP 9,93
Arco-Íris-SP 9,92
Matão-SP 9,91
Santa Bárbara d’Oeste-SP 9,91

Fonte: Ranking das Cidades/Gazeta do Povo

Acesse o ranking completo

Na ferramenta abaixo, você pode pesquisar sua cidade pelo nome. Todos os 5.570 municípios brasileiros estão listados.

Não houve empatia no levantamento. Para simplificar a leitura, a tabela apresenta apenas duas casas decimais. Belém, por exemplo, tem pontuação de 5.713 contra 5.707 de Palmas. Com o arredondamento, ambas aparecem com 5,71.

Como a nota foi calculada

Ó classificação da Gazeta do Povo Estes são 27 indicadores nacionais, que estão divididos em 10 categorias diferentes. Os mais relevantes ganharam peso maior no cálculo. Confira abaixo os indicadores contabilizados em suas categorias.

  1. Homicídios – 4 pesos

Taxa de Homicídios 2019-2023, ponderada (peso maior para os anos mais recentes). Fonte: IPEA – Atlas da Violência / Estatísticas de Homicídios.

2. Economia – 3 pesos

Vagas de empregos formais no setor privado. Fonte: CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (agosto de 2025).

Salário médio mensal. Fonte: IBGE – CEMPRE 2023.

Número de empresas atuantes. Fonte: IBGE – CEMPRE 2023.

PIB per capita 2021. Fonte: IPEA.

  1. Moradores de rua, favelas e dependentes químicos — peso 3

Famílias em situação de rua. Fonte: Cadasteo Único (CADUNC) (outubro de 2025).

Percentual de moradores em favelas. Fonte: Censo 2022 – IBGE.

  1. Educação – 2 pesos

População adulta com diploma superior. Fonte: IBGE – Censo 2022.

Taxa de alfabetização. Fonte: IBGE – Censo 2022.

Nota do IDEB – Anos Finais do Fundamental. Fonte: INEP – IDEB 2023.

Nota do IDEB – Ensino Médio. Fonte: INEP – IDEB 2023.

Vagas presenciais no ensino superior. Fonte: Censo da Educação Superior 2024.

5. Saúde – 2 pesos Internacionais por uso de drogas (jan/2024–set/2025). Fonte: DATASUS/Tabnet.

Número de médicos (setembro/2025). Fonte: DATASUS/Tabnet.

Total de leitos de internação (setembro/2025). Fonte: DATASUS/Tabnet.

Mortes evitáveis ​​de 0 a 4 anos (2025). Fonte: DATASUS/Tabnet.

6. Saúde financeira do município — 2 pesos

Capacidade de Pagamento do município. Fonte: Tesouro Nacional – CAPAG.

7. Infraestrutura urbana — 3 pesos

Percentual de domicílios com alta sanitária. Fonte: Censo 2022 – IBGE.

Porcentagem de domicílios com coleta de lixo. Fonte: Censo 2022 – IBGE.

Arborização urbana. Fonte: Censo 2022 – IBGE.

Vias pavimentadas. Fonte: Censo 2022 – IBGE.

Bueiros e bocas de lobo (%). Fonte: Censo 2022 – IBGE.

Iluminação pública. Fonte: Censo 2022 – IBGE.

Porcentagem de calçadas. Fonte: Censo 2022 – IBGE.

8. Mortes no Trânsito – 1 peso

Mortes não transitadas por 100 mil habitantes. Fonte: DATASUS/Tabnet (2024).

9. Suicídios – 1 peso

Número de suicídios. Fonte: DATASUS/Tabnet (2024)

10. Salas de cinema – 1 peso

Número de salas de cinema. Fonte: ANCINE – 2025.

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