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Diabetes emocional existe? Psiquiatra analisa filho de Marília Mendonça: ‘Gatilhos’

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Diabetes emocional existe? Psiquiatra analisa filho de Marília Mendonça: ‘Gatilhos’

Filho de Marília Mendonça foi diagnosticado com diabetes tipo 1 aos 2 anos e psiquiatra explica para CARAS Brasil se o luto pode ter influenciado

Desde os 2 anos de idade, Léo, filho de Marília Mendonça com Murilo Huff, convive com o diagnóstico de diabetes tipo 1. Hoje, aos 5 anos, o pequeno vive uma rotina regrada com sensor de glicose, alimentação controlada e cuidados diários, tudo sob atenção da família em Goiânia. Mas o que chama atenção é o momento em que tudo começou: cerca de três meses após a perda repentina da mãe. Seria o chamado diabetes emocional?

Para entender essa relação entre emoção e saúde física, a CARAS Brasil conversou com a psiquiatra Maria Fernanda Caliani, especialista em saúde mental infantil, que analisou o caso e explicou os impactos do luto no organismo de uma criança.

O que é o ‘diabetes emocional’ e ele realmente existe?

A especialista explica: “Ainda que o termo ‘diabetes emocional’ não seja reconhecido oficialmente pela medicina, sabemos que fatores emocionais intensos — como o luto precoce — podem atuar como gatilhos para doenças autoimunes, especialmente em pessoas geneticamente predispostas. O estresse intenso libera uma série de hormônios, como o cortisol, que podem desregular o sistema imunológico”, explica a psiquiatra.

Segundo ela, o processo é complexo, mas real. “No caso do diabetes tipo 1, o sistema imunológico ataca as células produtoras de insulina no pâncreas. Embora o luto por si só não cause a doença, ele pode acelerar ou precipitar esse processo em uma criança vulnerável. É um exemplo claro de como corpo e mente estão profundamente conectados, mesmo na infância”, completa.

Como o luto se manifesta nas crianças?

Caliani diz que o luto pode aparecer de diferentes maneiras na criança: “O luto em crianças pode se manifestar de formas diferentes do que em adultos. É importante que pais e responsáveis fiquem atentos a mudanças no sono, no apetite, no rendimento escolar, na socialização e no humor. Alguns sinais comuns incluem irritabilidade, tristeza prolongada, apatia, regressões no comportamento (como voltar a urinar na cama), medos excessivos ou até comportamentos mais agressivos”, orienta.

Ela reforça que nem sempre a criança consegue colocar em palavras o que sente. “Crianças pequenas podem não conseguir expressar em palavras o que estão sentindo, então o sofrimento aparece no corpo ou nas atitudes. O acompanhamento psiquiátrico ou psicológico é fundamental para que essa dor seja acolhida de forma saudável e a criança consiga elaborar o luto sem traumas emocionais mais profundos no futuro”, diz.

Qual o papel da saúde mental no enfrentamento do diabetes infantil?

A psiquiatra destaca que a  criança deve ter acompanhamento completo, já que um diagnóstico como esse mexe diretamente com a autoestima: “O diagnóstico de uma doença crônica como o diabetes tipo 1 na infância pode impactar diretamente a autoestima, o senso de autonomia e até o convívio social da criança. O acompanhamento psiquiátrico contribui para fortalecer o emocional da criança, ajudando-a a lidar com frustrações, com a rotina de cuidados e com possíveis sentimentos de inadequação ou medo.”

Mais do que cuidar da criança, é essencial acolher toda a família. “Além disso, a psiquiatria infantil trabalha em conjunto com a família, oferecendo orientações sobre como acolher, apoiar e manter uma comunicação aberta. Dessa forma, a criança pode crescer se sentindo capaz, segura e acolhida, mesmo diante de uma condição desafiadora”, finaliza a médica.

Leia também: Médico fala sobre sensor implantado em filho de Marília Mendonça: ‘Controle da doença’

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