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Política

Após crítica de Pacheco a Haddad, Alckmin diz que responsabilidade fiscal é dever de todos e defende 'diálogo permanente'

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Após crítica de Pacheco a Haddad, Alckmin diz que responsabilidade fiscal é dever de todos e defende 'diálogo permanente'


No sábado (27), presidente do Senado disse que ministro da Fazenda foi injusto por dizer que projetos enviados pelo governo para ajustar as contas públicas foram desidratados pelos parlamentares. Geraldo Alckmin na cerimônia de abertura da Agrishow 2024
Rodolfo Tiengo/g1
O vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), pediu diálogo e responsabilidade fiscal ao comentar sobre os atritos recentes com o Congresso Nacional. A declaração foi dada neste domingo (28), durante a participação de Alckmin na cerimônia de abertura da Agrishow, maior feita de tecnologia agrícola, em Ribeirão Preto (SP).
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Durante a semana, o governo desgastou a relação com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD), ao judicializar a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia.
Neste sábado (27), Pacheco afirmou, em nota, que o governo não deve “exigir do Parlamento adesão integral ao que pensa o Executivo”. A afirmação foi uma resposta a uma declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que disse que o Congresso também precisa ter responsabilidade fiscal.
Ao ser questionado neste domingo sobre a relação com Pacheco, Alckmin destacou a importância do diálogo entre os poderes.
“Diálogo permanente com os demais poderes. A responsabilidade fiscal é um dever de todos. É com boa política fiscal que vamos ter política monetária melhor, com redução de juros e crescimento da economia. É um compromisso de todos, e o caminho é o diálogo.”
Na segunda-feira (22), Lula chegou a cobrar do vice-presidente, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, mais capacidade de articulação junto ao Legislativo para aprovação de projetos de interesse do governo.
Críticas
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, Haddad afirmou que projetos enviados pelo governo para ajustar as contas públicas foram desidratados pelo Congresso, e que o Legislativo também precisa cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Entre as decisões tomadas pelos parlamentares criticadas pelo ministro da Fazenda na entrevista estão as prorrogações do Programa Emergencial para Setores de Eventos (Perse), que deu isenções a empresas desse ramo e da desoneração da folha de pagamento.
O ministro da Fazenda ainda afirmou que a manutenção da desoneração da folha de pagamento de municípios sequer foi discutida entre ele e o Congresso, antes da decisão de Pacheco de manter a validade.
Por outro lado, Pacheco, que chamou de “desnecessário” o ataque do governo, afirmou que o Congresso tem trabalhado em prol do país e de pautas que contribuam para o “desenvolvimento do Brasil”.
Rodrigo Pacheco
Jefferson Rudy/Agência Senado
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