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Sonhei, realizei, acordei, construí e fui feliz – Prisma

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Sonhei, realizei, acordei, construí e fui feliz – Prisma



E aí, Mariassssss!!!


Como vocês estão? Eu estou ótima! Passei super bem a semana e consegui resolver um monte de pendências, fiquei feliz comigo mesma! Sabe quando você acorda todos os dias e consegue completar as metas daquele dia? Fiz isso a semana toda.


Estava pensando sobre as histórias que vocês me enviam. Quando estou lendo, sempre me identifico com algum detalhe, sentimento, sensação. Nós, mulheres, sentimos as coisas com tanta intensidade, né? Parece que um turbilhão de emoções invade nosso corpo e toma conta de tudo. 


Sobre o caso da semana passada, recebi muitas mensagens sobre como as situações que parecem simples podem ser ao mesmo tempo caóticas, e são mesmo! A nossa Maria da semana passada passou um perrengue porque estava “naqueles dias” e o absorvente ficou preso. Simmmm! 


E só pra gente alinhar aqui. Nesse blog, não temos assunto tabu, falamos sobre tudo. Com respeito a todas as situações e vivências.


Bem, a história de hoje fala sobre intuição, sonhos, destino e, claro…, CAOS! E aconteceu há muito tempo. Nossa Maria da semana é uma jovem senhora de 87 anos que mora no interior de São Paulo.


Minhas amigas, só digo uma coisa… Essa história vai aquecer o coração de vocês.


Acompanhem até o final e sorriam com nossa Maria.


==========


Sou uma idosa de mais de oitenta anos, mas tenho memória de menina. Minha neta me apresentou ao blog Maria do Caos e lendo as histórias me identifiquei muito com todas, tenho muito de Maria no meu DNA.


Foi muito bom pra mim reviver alguns episódios da minha vida. Minha família diz que sempre estive à frente do meu tempo. Quando as mulheres usavam vestido, eu já colocava calça jeans. Sempre exigi que meu marido dividisse tarefas comigo, em um tempo onde as mulheres cuidavam da casa e dos filhos. Enfrentei meus pais e quis estudar, me formei arquiteta e fui bem sucedida na minha carreira. Criei quatro filhas e hoje tenho sete netos e dois bisnetos.


Fui muito feliz e ousada, mas realizei todos os meus sonhos, não tenho do que reclamar. Fui bastante julgada também, porém nunca liguei muito para o que os outros pensavam sobre as minhas decisões.


Fiquei vúva com 52 anos em pleno anos 70. Meus filhos já estavam criados, eu aposentada. Demorei muito para me recuperar da perda, então tentei focar no que mais sabia fazer: desenhar casas.


Bem, morava em São Paulo na época e tinha um quartinho de artes, como chamava, onde tinha todos os meus projetos de sucesso e também aqueles que nunca foram pra frente. Antes de entrar na faculdade, tinha muitos sonhos com construção. Acordava sempre imaginando como seria se morasse na casa dos meus sonhos. Essa casinha era rosa meio salmão por fora, tinha janelas grandes e era térrea. Tinha um cercadinho branco na entrada e flores amarelas em um canteiro na lateral do portão. Sonhei com essa casa por anos.


Um dia, minha filha mais velha me chamou para irmos até a cidade de Peruíbe ver um terreno. Pensando que estávamos nos anos 70, Peruíbe era só mato e praia, parecia que tinha acabado de ser descoberta pelos portugueses.


Chegamos à cidade e fomos direto ver o tal do terreno. Adorei aquele clima de praia em um ambiente bem inóspito e inabitado. Me sentia uma aventureira.


Minha filha estava dirigindo e eu contemplando o mar, até que me veio uma sensação estranha. Era como um comichão na barriga, como se estava prestes a encontrar o amor da minha vida, uma coisa que não sei descrever até hoje. Me deu vontade de sorrir e chorar de emoção, tudo ao mesmo tempo.


Quando olhei para a minha filha, vi de rabo de olho uma casinha com a fachada salmão. Não pude acreditar. Pensei que tivesse enlouquecido!


Sim, Marias! Era a casa que aparecia nos meus sonhos! Acreditem ou não, mas até as flores amarelas estavam lá. Dei rum grito para que minha filha parasse o carro imediatamente.


Desci e fiquei olhando fixamente para o lugar. Lágrimas brotaram dos meus olhos e eu só sabia rir e chorar. Olhei cada detalhe daquela fachada, como era perfeita…


Embaixo da caixa de correspondência havia uma plaquinha escrita à mão “Vende-se” e um número de telefone.


Não hesitei. Fiz minha filha dirigir por todos os cantos à procura de um orelhão, naquela época não existiam celulares. Depois de rodarmos bastante, encontramos um. 


Minha filha me questionava e eu não conseguia explicar absolutamente nada.


Um senhor me atendeu e fiz uma proposta. Comprei a casa.


Bom, Marias, a partir desse momento, minha vida mudou completamente.


Todos me chamaram de louca porque quis me mudar para uma cidade onde os habitantes eram pássaros e todo tipo de inseto. Não me importei com a opinião de ninguém, afinal era dona do meu próprio nariz.


Me mudei.


Marias, analisem comigo. Quais as chances daquela situação acontecer comigo? Simplesmente, encontrar a casa dos meus sonhos no meio do nada em uma cidade que ainda não haviam construções?


Fui de mala e cuia e quando entrei naquela casa, senti dentro do meu peito de que tinha esperado a vida inteira por aquele momento. Era meu lar.


A casinha estava até que bem cuidada, tinha até cheiro de tinta fresca. O encanador deu olhada nos ambientes e disse que estava tudo certo.


Tudo parecia um sonho realizado. Saía para caminhar na praia todos os dias de manhã cedinho depois do café. Nao tinha vizinho, então conversava com os pássaros e até com a brisa do mar.


Minhas filhas iam me visitar aos finais de semana e sempre tentavam me convencer a voltar pra São Paulo. Claro que batia o pé. 


Tudo me encantava naquela casa. Parecia que ela brilhava por dentro. Não estou brincando, via lantejolas e gliter nas paredes.


Um dia, estava na janela e um homem tocou a campainha.


Quando cheguei perto vi que algo não estava muito bem. 


Sabe quem era?


All Pachino!


Quê????????????????


Bem, eu acordei na cama de um hospital porque tinha caído da escada tentando pegar a roupa de cama que fica no alto do guarda-roupas.


Sim, Marias! Era um sonho.


Depois de cinco anos, consegui construir essa casa e morro de orgulho da minha coragem. Moro aqui e tenho um canteiro lindo de flores amarelas. Não estou no litotral, montei meu lar no interior, no mesmo terreno moram minhas filhas. São cinco casas desenhadas por mim. Somos uma grande família.


Por isso digo, nada acontece por acaso, a nossa intuição nos leva a lugares inimagináveis!


==========


Marias, meu coração está quentinho com essa linda história. 


Como é bom realizar sonhos e não desistir daquilo que faz nosso coração gritar e pulsar.


Por medo, muitas vezes, colocamos barreiras onde não precisa e nos limitamos ao que consideramos seguro. Mas, já se imaginaram vivendo tudo o que se passa dentro do coração?


Assim como nossa Maria sempre fui obstinada, se tinha uma ideia, dava um jeito de se transformar em realidade e assim sou até hoje. Muitas coisas deram errado, mas tantas outras deram tão certo…


Espero que tenham gostado.


Se você tiver uma história bem doida, manda pra mim!


Prometo ler com muito carinho.


Excelente semana!


Um beijo, Marias.



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