Celebridade
Virgínia Fonseca evita exercícios por causa da enxaqueca; especialista explica
A influenciadora Virgínia Fonseca chamou a atenção dos seguidores ao revelar, em um story recente, que evita apoiar pesos sobre os ombros durante o treino. O motivo, segundo ela, é simples: o movimento costuma piorar suas crises de enxaqueca. Sendo assim, a ex-mulher de Zé Felipe prefere adaptar os exercícios de musculação, segurando os pesos com as mãos. A fala despertou a curiosidade de quem também convive com o problema — afinal, o esforço físico pode mesmo ser um gatilho para a dor? Especialista explica.
Segundo o neurologista Dr. Sérgio Jordy, a relação entre exercícios intensos e enxaqueca é real e merece atenção. “As atividades físicas intensas com os ombros podem tensionar a musculatura cervical e servir eventualmente como gatilho da dor”, afirma o especialista.
Enxaqueca com aura
A Virgínia já declarou publicamente que tem enxaqueca com aura, um subtipo de enxaqueca que envolve sintomas neurológicos antes ou durante a dor de cabeça. O neurologista explica que “o que diferencia as duas cefaleias é que a enxaqueca com aura é acompanhada de fenômenos neurológicos que precedem ou acompanham a dor esses fenômenos são reversíveis e transitórios e geralmente visuais mas as vezes podem compreender formigamentos dificuldades para falar”.
Exercício físico
Exercícios como agachamento com barra ou levantamento de peso sobre os ombros exigem ativação intensa dos músculos do pescoço e trapézio, o que pode aumento da sensibilidade na região, um cenário propício para o surgimento da dor de cabeça.
Apesar de alguns tipos de esforço poderem desencadear crises, o exercício físico não deve ser encarado como vilão. Pelo contrário — quando praticado de forma gradual e orientada, pode até ajudar na prevenção. “Geralmente os exercícios aeróbicos regulares podem até atuar como profilaxia das dores além de progressão gradual das cargas o aquecimento e desaquecimento adequados alimentação e hidratação adequadas”, orienta o neurologista.
O estilo de vida, segundo ele, também exerce influência direta sobre a frequência e intensidade das crises. “A enxaqueca é altamente sensível as alterações de estilo de vida podendo ser desencadeada fortemente por estresse falta de sono adequado além de alimentos variados ou jejum prolongado o que com a correria da vida moderna das cidades é muito difícil mas a adequação desses fatores podem melhorar muito a frequência das crises”, explica.
Diagnóstico médico
Dr. Sérgio lembra ainda que há situações em que a dor se torna recorrente e requer atenção médica. “Quando de observa padrão recorrente com mais de 4 dias de dor por mês ou dores intensas o neurologista deve ser procurado para avaliar o diagnóstico e afastar outras causas, mas é fato que há um certo receio por parte da população em procurar o neurologista diretamente e comumente recebemos pacientes que primeiro vão no oftalmologista otorrinolaringologista ginecologista e aparecem tardiamente no consultório do neurologista muitas vezes com dores muito intensas e crônicas”, alerta.
Para quem sofre com enxaqueca, o segredo está no equilíbrio: adaptar o treino, evitar sobrecarga direta nos ombros e priorizar o fortalecimento gradual, sempre respeitando os limites do corpo. E, acima de tudo, buscar acompanhamento especializado — afinal, como mostra o caso de Virgínia, entender os gatilhos é o primeiro passo para controlar a dor.
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