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Uma empresa afirma ter dado o primeiro passo para ressuscitar uma ave extinta há 300 anos
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Cientistas anunciaram um possível avanço na recriação do dodô, uma ave extinta há mais de três séculos. A notícia despertou entusiasmo e preocupação na comunidade científica, reacendendo o debate sobre os limites da biotecnologia moderna.
O projeto promete trazer de volta uma espécie desaparecida, mas também levanta questões éticas e ambientais sobre o impacto de reintroduzir animais extintos na natureza atual.
O que os pesquisadores afirmam ter conseguido?
A empresa Colossal Biosciences, equipe responsável diz ter desenvolvido células germinativas com potencial para gerar embriões semelhantes ao dodô. O estudo utiliza a pomba-de-Nicobar, espécie viva mais próxima geneticamente, como base para reconstruir parte do genoma perdido.
Essas células poderiam ser inseridas em aves hospedeiras, possibilitando o nascimento de filhotes com características físicas e comportamentais semelhantes às do dodô original.
- Células modificadas simulam o DNA ancestral do dodô.
- Pomba-de-Nicobar serve como base genética do experimento.
- Técnica de edição gênica permite inserir traços específicos da espécie extinta.
- Objetivo inicial é criar uma geração viável em laboratório.
Como a engenharia genética pode recriar uma espécie extinta?
O processo envolve o uso de ferramentas de edição genética, como o CRISPR, para inserir trechos de DNA recuperados de fósseis ou amostras antigas em células de aves vivas. A partir daí, cientistas buscam reativar genes compatíveis e formar uma linhagem próxima à original.
Mesmo com a tecnologia, o desafio é reproduzir não apenas o corpo, mas também o comportamento, a fisiologia e o papel ecológico da espécie perdida.
Quais são as principais críticas ao projeto?
Alguns especialistas alertam que recriar uma espécie extinta não significa restaurar o ecossistema que ela habitava. Além disso, há dúvidas se o animal resultante poderá sobreviver fora de um ambiente controlado ou se será apenas uma cópia parcial do original.
Outro ponto levantado é o risco de desviar recursos da conservação de espécies ameaçadas atualmente, trocando esforços práticos de proteção por experimentos de alto custo e benefício incerto.
- Risco ecológico de introduzir uma espécie sem habitat adequado.
- Limitações genéticas que podem comprometer a viabilidade dos filhotes.
- Dilemas éticos sobre o uso de manipulação biológica em larga escala.
- Prioridades científicas que podem se afastar da preservação atual.
Quais consequências essa experiência pode trazer para o futuro?
Se bem-sucedido, o projeto poderá abrir caminho para novas tentativas de recriação de espécies perdidas. Porém, sem o devido planejamento ambiental, essas iniciativas podem gerar mais problemas do que soluções.
O desafio não está apenas em ressuscitar o dodô, mas em compreender o papel da humanidade na preservação e no equilíbrio da vida no planeta. A ciência avança, mas as perguntas sobre seus limites continuam tão vivas quanto as esperanças que ela desperta.