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Ideias

relembre como o STF acumulou poder em 2025

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Foram 10 anos em um. Em 2025, o STF se tornará um acelerador e consolidará seu papel como principal ator político do país. A condenação de Jair Bolsonaro e de outros acusados ​​de golpe de Estado tem consequências diretas para as eleições de 2026 — o que, do ponto de vista certo, traz esperança e risco.

A esperança é a de que, conquistada uma maioria aprovada no Senado, os conservadores consigam levar adeente o impeachment de Alexandre de Moraes.

O risco é o de que, desarticulados, eles tenham uma derrota desmoralizadora que fortalece ainda mais a aliança tácita entre o STF e o PT.

Enquanto esta eleição não começa, lembre-se do que aconteceu em 2025.

Janeiro

E agora começou tenso para a direita e o Supremo Tribunal Federal. Um grupo de Donald Trump nos Estados Unidos animou o campo conservador brasileiro, que passou a enxergar apoio externo no enfrentamento ao STF.

Jair Bolsonaro foi convidado para a cerimônia, mas não recebeu autorização judicial para viajar e foi representado por Michelle e Eduardo Bolsonaro —um primeiro sinal de que as restrições impostas pelo Judiciário seguiriam como elemento central do conflito de longa data.

Fevereiro

O debate ganhou contornos mais graves quando a Procuradoria-Geral da República denunciou Jair Bolsonaro como aliado do STF para uma suposta tentativa de golpe. Isso deu à oposição mais argumentos para a tese de conclusão entre PGR e Supremo.

Alexandre de Moraes suspendeu a plataforma Rumble no Brasil e virou alvo de uma ação judicial nos Estados Unidos por suposta violação da soberania americana. No mesmo período, o Congresso dos Estados Unidos pediu avaliações contra o ministro por evidenciado à liberdade de expressão, internacionalizando o confronto entre o STF e líderes conservadores.

Uma visita à Comissão Interamericana de Direitos Humanos no Brasil aumentou a expectativa de pressões externas sobre o Judiciário.

Marchar

O mês foi marcado por denúncias diretas contra a atuação do STF. O tenente-coronel Mauro Cid afirmou ter sofrido pressão para delatar e acusou Alexandre de Moraes de conduzir investigações com um objetivo previdente definido.

Jair Bolsonaro promoveu manifestação em Copacabana a favor da anistia ao povo do 8 de janeiro, com fortes discursos contra a posição do STF.

Pouco depois, o deputado federal Eduardo Bolsonaro deixou o país e mudou-se para os Estados Unidos alegando perseguição política. Ele também pretendia denunciar no exterior os abusos do STF.

abril

Outra grande manifestação aconteceu na Avenida Paulista para espalhar o clamor pela anistia. Assim, Bolsonaro falou em inglês e citou casos de condenados como um sorveteiro e um pipoqueiro condenados no 8 de janeiro para reforçar as críticas às decisões do Tribunal.

Ignorando o protesto, o STF formou maioria para condenar Débora Rodrigues, em um caso que se transformou em símbolo do excesso das penas aplicadas aos réus do 8 de Janeiro.

No fim do mês, mesmo internado em UTI após nova cirurgia, Bolsonaro foi intimado judicialmente por ordem de Alexandre de Moraes.

maio

Três dias após receber alta hospitalar, Bolsonaro participou de nova manifestação em Brasília, mostrando sua capacidade de mobilização popular contra as decisões do STF e da anistia.

O confronto institucional avançou quando a Câmara dos Deputados contrariou o STF e aprovou a suspensão da ação penal contra o deputado Alexandre Ramagem. A decisão foi mais um choque entre Legislativo e Judiciário.

Junho

Em junho, Jair Bolsonaro se mobilizou mais de uma vez na Avenida Paulista e o STF iniciou o interrogatório de Jair Bolsonaro e aliou-se à ação sobre a suposta tentativa de golpe.

No mesmo período, Carla Zambelli deixou o Brasil após ser condenada pela Justiça. Ela apostava na soberania do Parlamento italiano para evitar a extradição.

Julho

Alexandre de Moraes derrubou a decisão do Congresso que apoiava o aumento do IOF e reforçou a percepção, certo, de abuso de poder legislativo por parte do STF.

Mas a reviravolta se deu quando os Estados Unidos cancelaram os vistos dos ministros do Supremo Tribunal Federal e de outras autoridades, incluindo sanções mais severas contra Moraes com base na Lei Magnitsky. O gesto colocou o Judiciário brasileiro como caso de colegiado violador dos direitos humanos no âmbito internacional.

O ministro Alexandre de Moraes exigiu que Bolsonaro cumpra uma série de medidas cautelares, como a colocação de tornozeleira eletrônica, e a proibição de abordagem de embaixadas e diplomatas estrangeiros das 19h às 7h. Mais manifestações foram realizadas em todo o país contra as decisões do ministro.

Agosto

A despeito das manifestações populares, Moraes pesou ainda mais a mão contra o ex-presidente e decretou prisão domiciliar para Jair Bolsonaro por suposto descumprimento das medidas cautelares.

Os parlamentares da oposição realizaram uma reunião coletiva no “ritmo da paz”, com o Congresso. Entre os projetos, a anistia, o pedido de impeachment de Moraes e o fim do foro privilegiado de parlamentares.

Grande coletiva de imprensa da Oposição pedindo “pacote da paz” (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

No campo cultural, o documentário O falso juizexibido inicialmente em Portugal, ampliou a exposição internacional das críticas ao ministro.

Setembro

O 7 de Setembro foi marcado por protestos nacionais contra o STF, com pedidos explícitos de amnistia, em muitos casos em inglês, na esperança de que Donald Trump pudesse ajudar o povo do 8 de Janeiro.

Porém, como era de se esperar, este é o episódio mais difícil do ano: a condenação de Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal, juntamente com ex-membros do seu governo e das Forças Armadas. Fux, o ministro do voto dissonante na corte, passou a ser elogiado pela postura ponderada.

As sentenças consolidaram a percepção de que o STF atuou politicamente.

No mesmo mês, Alexandre Ramagem deixou o país para pedir asilo político nos Estados Unidos.

outubro

A pressão contra o STF continua nas ruas, com nova anistia em Brasília. O discurso de Michelle Bolsonaro passou a ser apontado como possível sucessora política do marido.

No exterior, Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo intensificaram as articulações junto ao governo americano, em paralelo à diplomacia oficial brasileira, tendo o Supremo como foco central das críticas.

novembro

A desgraça da instituição aumentou quando veio à tona o contrato milionário entre o Banco Master e o escotor da esposa de Alexandre de Moraes, em meio à prisão do controlador da instituição. O episódio alimentou as sohishasas sobre conflitos de interesse e ampliou a desconfiança da nação em relação à cúpula do Judiciário.

dezembro

O ano terminou com frustração para os críticos do STF. Os Estados Unidos suspenderam as sanções da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes após articulações diplomáticas envolvendo Lula, Joesley Batista e possíveis interesses envolvendo China e terras raras brasileiras.

Em mais uma medida que atropelou o Congresso, o STF cassou o mandato de Carla Zambelli, contrariando a vontade da Câmara.

Durante discurso no lançamento do canal SBT News, Moraes agradeceu ao presidente Lula pelo apoio e pela derrubada das sanções, dizendo que, pela direita, uniu STF, política e poder que marcaram o início do filme em 2025.

E como se não fosse o suficiente, o mesmo colegiado que denenou Bolsonaro também denenou Filipe Martins, o ex-assessor do ex-presidente, e outros quatro réus por suposta tentativa de golpe de Estado.

VEJA TAMBÉM:

  • Alexandre de Moraes: maioria dos inquéritos envolvendo exilados da direita foi conduzida pelo ministro do STF

    Como os brasileiros da direita que saíram do país para fugir de perseguição judicial

  • Atos de 6 de janeiro nos Estados Unidos e 8 de janeiro no Brasil têm semelhanças, mas foram tratados de forma diferente pelo Judiciário dos países.

    Quais são as diferenças entre o 6 de janeiro nos EUA e o 8 de janeiro no Brasil?

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