Celebridade
Rafaela Vilas Boas aborda envelhecimento saudável e cuidados da pele

Com uma história que atravessa cidades pequenas do sul de Minas Gerais, longos períodos de estudo, plantões exaustivos e viagens constantes entre Minas e São Paulo, a trajetória de Rafaela Fernanda Vilas Boas de Barros Cobra é construída sobre delicadeza e força em igual medida. Hoje, dividindo seu tempo entre Pouso Alegre (MG) e Ipuiúna (MG), ela dedica-se à estética com um olhar preciso, sensível e atento às emoções de quem busca seus cuidados. “Desde criança, eu já tinha a convicção clara sobre quem eu seria. Não era um desejo, era uma certeza. A medicina sempre esteve muito presente em mim”, afirma.
Nascida em Ipuiúna, cidade de pouco mais de 10 mil habitantes, Rafaela cresceu em um contexto marcado por desafios e amadurecimento precoce. Filha de mãe solo, aprendeu cedo sobre responsabilidade, coragem e acolhimento. “Venho de uma história que me ensinou cedo sobre força, sensibilidade e responsabilidade. Isso me ajudou a desenvolver uma escuta atenta e uma profunda empatia pelo outro”, diz.
Aos 10 anos, mudou-se para Pouso Alegre em busca de melhores oportunidades de estudo. Sem referências acadêmicas dentro da família, tornou-se a primeira a ingressar no ensino superior. Entre dificuldades financeiras, disciplina rigorosa e uma determinação que nunca se abalou, ela trilhou o caminho que sempre intuía: o da medicina como instrumento de cuidado.
A trajetória na Medicina
O início da vida profissional foi marcado por intensidade. “Minha primeira especialização foi em Anestesiologia, uma área pela qual tenho enorme carinho e respeito até hoje”, lembra. A rotina incluía turnos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), atendimentos no Samu, deslocamentos frequentes e horários imprevisíveis. Embora a prática fosse enriquecedora, algo nela pedia outro tipo de presença.
“Eu gostava de conversar com os pacientes, mas eu os colocava para dormir”, conta, em tom bem-humorado. Os anos seguintes foram de formação intensa. “As horas de estudo, as noites sem dormir, os desafios da residência e do mestrado representam muito mais do que títulos. São parte de um amadurecimento profundo sobre mim mesma e sobre a medicina”, afirma. Assim, a mudança para a estética não foi ruptura, mas evolução. “Cada etapa, inclusive a anestesia, foi essencial para eu chegar ao lugar onde me realizo plenamente hoje.”
Um consultório que acolhe antes de intervir
Na prática, o primeiro encontro com a paciente raramente envolve equipamentos ou agulhas. Antes disso, Rafaela busca compreender os motivos por trás do desejo estético. “Eu procuro não fazer o procedimento logo de cara. Antes vejo o que a paciente realmente precisa e tento entender se não existe ali uma autoestima abalada ou uma situação pessoal que ela está tentando compensar com procedimentos”, explica.
Essa leitura emocional tornou-se parte essencial de sua atuação. Para ela, a pressão estética, os filtros de redes sociais e a cobrança por perfeição criam inseguranças profundas. “Vejo muita carência afetiva. Hoje é fácil parecer feliz na internet, mas a vida não é assim”, observa.
Quando percebe uma paciente ansiosa por “fazer de tudo”, ela freia o impulso. Às vezes, inicia com skincare e pede retorno em duas semanas. “O cuidado precisa respeitar a história, a identidade e o tempo de cada pessoa.”
No centro de sua filosofia está a ideia de que o rosto deve continuar sendo do paciente. “O mais importante é preservar a essência”, destaca.
Quiet luxury e a estética da naturalidade consciente
Ao longo dos anos, Rafaela desenvolveu uma visão própria sobre beleza: resultados discretos, elegantes e adequados à individualidade. “Tenho uma visão de beleza que se conecta ao conceito de quiet luxury: o luxo silencioso, que não chama atenção pelo exagero, mas pela naturalidade, pela sutileza e pela elegância”, afirma.
O que orienta suas decisões não é modismo nem volume de procedimentos, mas equilíbrio. “Meu olhar é voltado para cuidados precisos e delicados, que valorizem a essência do rosto e respeitem quem a pessoa é.”
Para ela, a verdadeira estética não se resume à aparência. “Mais do que resultados imediatos, busco relações de confiança e continuidade. A verdadeira estética respeita a história, o tempo e a individualidade de cada pessoa.”
Gerenciar o envelhecimento sem apagar a história
A médica trabalha com o conceito de gerenciamento do envelhecimento: não apagar rugas, mas conduzir o processo de forma harmoniosa. “Gerenciar o envelhecimento é poder envelhecer com qualidade. Você pode ter 50 ou 60 anos sem carregar no rosto uma expressão de sofrimento”, explica.
Bioestimuladores, toxina botulínica e outras tecnologias fazem parte do arsenal, sempre aplicados com parcimônia. Expectativas irreais são alinhadas desde a consulta inicial. “A perfeição não existe. A assimetria é necessária. Nosso toque é humano, não é divino.”
A prevenção começa cedo: protetor solar desde a infância, hábitos saudáveis e, quando indicado, toxina botulínica preventiva entre 25 e 28 anos. “Não é só skincare. O autocuidado emocional também faz diferença”, orienta.
Melasma: manejo contínuo e impacto emocional
Tema frequente no consultório, o melasma requer clareza e continuidade. “É uma doença crônica inflamatória. Não tem cura. O que existe é controle”, afirma. Ela descreve como a condição afeta autoestima. “Muitas pacientes não querem que o companheiro as veja sem maquiagem. Elas só enxergam a mancha, não a mulher por trás dela.”
O erro mais grave é abandonar o protetor solar. Entretanto, o calor também piora o quadro. “Quando você aquece a pele, o corpo produz mais melanina. Secador, forno, churrasco… tudo pode piorar”, explica.
Procedimentos agressivos são contraindicados. “Se você agride demais, gera inflamação e a mancha volta pior. É o rebote.” Comparar a condição a doenças crônicas ajuda a orientar. “É um tratamento contínuo. Claras ou não, as manchas não definem ninguém.”

Menopausa: quando a pele pede vitalidade e presença
Na transição para a menopausa, mudanças fisiológicas profundas modificam a textura, o brilho e a resistência da pele. “O melasma costuma melhorar porque o estrogênio cai, mas ao mesmo tempo a pele perde estrutura, viço, hidratação e elasticidade”, explica.
A queda hormonal afeta a barreira cutânea, acelera a perda de colágeno e leva muitas mulheres a se sentirem desconectadas da própria imagem. “A paciente chega dizendo que o cabelo está opaco, a pele sem viço, tudo ressecado. É como se a vitalidade que sempre esteve ali tivesse diminuído”, observa.
O cuidado exige personalização, escuta e ajustes finos na rotina. Hidratação intensa, revisão completa do skincare e, quando indicado, tecnologias que estimulam colágeno ajudam a devolver conforto e equilíbrio. “Não se trata de apagar história, mas de devolver vida à pele e equilíbrio à autoestima”, sintetiza.
Tecnologias que se complementam
No consultório, Rafaela trabalha com tecnologias que atuam em diferentes camadas da pele e se complementam no estímulo ao colágeno e na sustentação facial. Uma delas é o laser, capaz de promover rejuvenescimento global ao atingir desde as camadas mais superficiais até estruturas mais profundas. “Com o laser, consigo melhorar textura, manchas, viço e também a sustentação da pele”, explica.
Entre os recursos utilizados está a aplicação intraoral, feita por dentro da boca, que contribui para suavizar o sulco nasogeniano e melhorar o contorno do rosto de forma natural, sem necessariamente recorrer a preenchimentos.
Outra tecnologia empregada é o ultrassom micro e macrofocado, indicado para atuar em planos mais profundos, estimulando colágeno e promovendo firmeza. “Ele trabalha a camada que recobre a musculatura, ajudando na sustentação do rosto”, detalha.
Embora atuem de maneiras distintas, os métodos não competem entre si. Pelo contrário, fazem parte de estratégias combinadas. “São tecnologias complementares. Enquanto uma atua mais na superfície da pele, a outra age em profundidade”, resume.
Em ambos os casos, o desconforto costuma ser bem tolerado e o tempo de recuperação é curto. “O laser praticamente não exige downtime, e o ultrassom preserva a camada superficial da pele. Os resultados vão se construindo ao longo das semanas”, observa.
Entre Pouso Alegre e Ipuiúna, um futuro sustentado pela continuidade
Rafaela mantém consultório em Pouso Alegre, onde concentra atendimentos estéticos, clínicos e pequenos procedimentos, e atende semanalmente em Ipuiúna, preservando vínculos com suas origens.
A maternidade recente trouxe novos ritmos e prioridades, mas não diminuiu o foco em aperfeiçoamento. “Vejo meu futuro ligado ao aperfeiçoamento do que já construí. Quero seguir me atualizando, estudando e oferecendo um atendimento preciso, humano e consistente”, afirma.
Sua visão de futuro é madura e coerente. “Meu foco é evoluir continuamente, mas sempre preservando a essência do meu trabalho. Quando a base é sólida, o crescimento acontece naturalmente.”
Ao olhar para sua trajetória, a médica reconhece que cada etapa — da menina decidida à profissional que acolhe e orienta — moldou sua forma de cuidar. E retorna ao princípio que orienta toda sua atuação.
“O autocuidado é essencial. Quando a pessoa está bem consigo, ela vive melhor, produz melhor e espalha essa energia boa. Uma beleza mais natural, sem tantos exageros, é o caminho para envelhecer com leveza, sem perder quem se é.”
CRM 57724/MG
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