Celebridade
Palomma Duarte desabafa sobre diagnóstico e médica alerta: ‘Pode causar dor intensa’

No ano de 2022, a atriz Palomma Duarte revelou ao público que convive com a endometriose. À época, por conta das fortes dores, a atriz estava focada em repousar para amenizar os sintomas.
“Tem dia que é muito difícil lidar com o diagnóstico, tem dia que acordo e choro… meu caso é cirúrgico e apesar do procedimento ser pouco invasivo, a cirurgia me abala de muitas formas”, disse Palomma Duarte nas redes sociais. A atriz ainda entregou sobre os sintomas.
“Eu demorei muito a perceber os sintomas, a levar a sério, acho. Só quando a dor ficou insuportável que fiz a ressonância… Então, irmãs de útero, fiquem atentas. Conversem com seus médicos, prestem atenção ao menor sintoma”, afirmou.
Opinião da médica ginecologista
Para entender mais sobre o assunto, a CARAS Brasil entrevista a Dra. Ana Paula Fonseca, médica ginecologista e especialista no tratamento de distúrbios menstruais, miomas, síndrome dos ovários policísticos (SOP).
A médica informa que a endometriose é uma doença inflamatória crônica em que um tecido semelhante ao endométrio, que normalmente reveste a parte interna do útero, cresce fora dele.
“Esses implantes podem atingir ovários, trompas, intestino, peritônio e até a bexiga, provocando inflamação e dor”, declara a Dra. Ana Paula Fonseca.
Quais os sinais?
Os sintomas mais comuns são:
- Cólicas menstruais intensas;
- Dor pélvica crônica;
- Dor durante a relação sexual;
- Sangramento menstrual aumentado;
- Alterações intestinais ou urinárias no período menstrual;
- Dificuldade para engravidar.
Exige atenção
Segundo informações do Ministério da Saúde, este deslocamento do tecido pode provocar uma reação inflamatória crônica, com taxa de prevalência estimada entre 5% e 15% das mulheres em idade reprodutiva.
“Pode causar dor intensa, sim. Isso acontece porque as lesões de endometriose respondem aos hormônios do ciclo menstrual, sangram e inflamam, o que gera irritação dos tecidos ao redor e dor, principalmente durante a menstruação”, aponta a Dra. Ana Paula Fonseca.
Saiba mais sobre o tratamento
O Ministério da Saúde informa que o tratamento clínico tem o objetivo de aliviar os sintomas e a ginecologista reforça que cada caso é indivídual e precisa do acompanhamento com um médico especialista.
“Em casos leves, utilizamos medicamentos hormonais para reduzir ou interromper a menstruação, além de analgésicos e mudanças no estilo de vida. Em situações mais graves, a cirurgia para retirada dos focos pode ser indicada. O acompanhamento contínuo e, muitas vezes, multidisciplinar é essencial para controlar a doença e preservar a qualidade de vida”, finaliza ao analisar casos como da atriz Palomma Duarte.
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