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Música

Os 5 melhores rappers da história, segundo Froid

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Em uma publicação nas redes sociais, Froid compartilhou o que, para ele, é o ranking dos cinco maiores rappers da história. A lista mistura gerações, estilos e personalidades do rap brasileiro, reforçando a importância da lírica, da identidade e da originalidade dentro do gênero.

Mais do que uma simples brincadeira, a seleção de Froid reflete seu olhar sobre o que é ser um grande MC: técnica, vivência e autenticidade. Do quinto ao primeiro lugar, ele cita artistas que moldaram sua própria forma de rimar — e, de alguma forma, ajudaram a construir o rap como conhecemos hoje.

Confira o vídeo:

5. Froid & Makalister

Fechando o top 5, Froid colocou a si mesmo e ao parceiro Makalister — uma dupla que representa bem o rap brasileiro. Juntos, eles misturam introspecção e provocação, transitando entre versos filosóficos, ironia e experimentação sonora.

A dupla simboliza uma geração que entende o rap como forma de expressão livre, onde o lirismo e o conceito valem tanto quanto o impacto das batidas. O destaque é o modo como ambos transformam vulnerabilidade em força criativa, um traço marcante na obra de Froid e que encontra eco na poesia crua de Makalister.

4. Don L

 

Nascido em Brasília, Don L se destacou no rap nacional com álbuns conceituais como Roteiro Pra Aïnouz Vol. 2 (2021) e CARO Vapor II – qual a forma de pagamento (2025), nos quais mistura crítica, poesia e batidas ousadas.

Don L se diferencia pela escrita sofisticada e experimental, onde o rap se aproxima da literatura gráfica. Ele não apenas rima, mas constrói atmosferas e histórias com camadas densas de significado.

3. Emicida

Em terceiro lugar, um dos nomes mais influentes da música brasileira contemporânea, Emicida começou nas batalhas de rima de São Paulo e se tornou símbolo de representatividade e consciência. Com álbuns como O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui (2013) e AmarElo (2019), ele transformou o rap em uma ferramenta de empatia e diálogo.

Emicida se destaca por unir técnica e sensibilidade. Suas letras falam de amor, ancestralidade e resistência com a mesma precisão com que abordam desigualdade e racismo. É um artista que levou o rap das ruas para os grandes palcos sem perder o propósito e que provou que mensagem e melodia podem caminhar lado a lado.

2. Black Alien

Em segundo lugar, direto de São Gonçalo, Black Alien é um dos artistas mais originais e complexos da história do rap nacional. Misturando reggae, rap e rock com um vocabulário afiado, ele construiu uma carreira que foge de qualquer rótulo. Seu clássico Babylon By Gus – Vol. I – O Ano do Macaco (2004) é até hoje uma das maiores referências do gênero.

O grande trunfo de Black Alien é sua capacidade de rimar como se estivesse improvisando filosofia. Ele fala de espiritualidade, vícios e redenção com humor e profundidade, como um cronista do caos urbano. Sua voz e presença moldaram o conceito de “rapper culto” no Brasil, unindo inteligência, flow e imprevisibilidade.

1. Mano Brown

No topo da lista, Mano Brown é unanimidade. Líder dos Racionais MC’s, ele é mais do que um rapper: é uma instituição da música e da cultura negra brasileira. Desde o início dos anos 1990, com clássicos como Sobrevivendo no Inferno (1997), Brown deu voz à periferia, denunciou a violência policial e transformou dor em discurso político.

Mano Brown é o símbolo da coerência e do poder da palavra. Sua presença é imponente, suas letras são sociológicas e sua trajetória é a própria história do rap no país. É o rapper que não só inspirou gerações, mas também mudou o modo como o Brasil enxerga sua própria realidade.


Kadu Soares (@soareskaa)

Kadu Soares é formando em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero, passa o dia consumindo música, esportes, filmes e séries. Possui um perfil no TikTok e um blog no Substack, onde faz reviews de projetos musicais.



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