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Música

Os 2 grandes erros de carreira do The Calling, segundo Alex Band

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A ascensão do The Calling, no início do século, se deu em um momento favorável ao pop rock. O grupo liderado pelo vocalista Alex Band se destacou em um cenário de música americana com holofotes divididos entre nu metal e o pop — em especial, divas pop e boybands — junto a outros nomes de sonoridade similar, oferecendo um meio-termo entre apelo radiofônico e algum uso de guitarras.

Apesar do sucesso estrondoso conquistado com seu álbum de estreia, Camino Palmero (2001), e seu principal hit, “Wherever You Will Go”, a banda criada na Califórnia não conseguiu números tão satisfatórios com seu disco seguinte, Two (2004), e rompeu em 2005. As atividades só foram retomadas mais de uma década depois, em 2016, num nível de popularidade bem menor e ancorado na nostalgia.

Ao olhar para trás, Alex Band enxerga dois erros cometidos. Em entrevista ao jornalista Marcelo Vieira para o site Igor Miranda, o cantor, único a participar de todas as formações, indica sua insatisfação com a forma utilizada para promover The Calling e a insistência em trabalhar com o guitarrista Aaron Kamin, parceiro criativo de Alex que, segundo ele, perdeu o interesse no projeto.

A respeito do primeiro ponto, Band reconhece: “Eu parecia um integrante de boy band”. Em função disso, The Calling acabou estigmatizado. Ele reflete:

“Eles nos promoveram muito dentro desse clima, com presença constante em programas como o ‘TRL’ [n.e.: o equivalente ao ‘Disk MTV’, no Brasil], e acho que isso prejudicou nossa imagem como uma banda de verdade — que faz turnês, compõe e toca suas próprias músicas. Definitivamente, não foi algo que jogou a nosso favor.”

Em relação ao ex-colega — cujo nome não foi citado na entrevista —, Alex o culpa pelo rompimento da banda em 2005. Em suas palavras, “era um drama o que acontecia nos bastidores”.

“Claro que todos queriam outra ‘Wherever You Will Go’, mas todos os meus problemas eram com meu guitarrista, que acabei demitindo logo após gravar o segundo disco. Ele não queria fazer turnê, não queria realmente trabalhar, nem gravar outro álbum. Era como ter alguém estragando todos os bons momentos, transformando tudo em um pesadelo. Não me surpreende que o segundo disco não tenha atingido seu potencial. Acho que poderia ter sido maior, mas houve muita confusão.”

Aaron Kamin Alex Band The Calling
Aaron Kamin e Alex Band, do The Calling, em 2002 (Foto: John Rogers / Getty Images)

Alex Band teria feito diferente com The Calling

Hoje mais maduro, com 44 anos de idade e mais de 25 de profissão, Alex Band entende que poderia ter agido de forma diferente em vários sentidos. A proposta musical do The Calling seria mantida, mas o vocalista se preocuparia em promover a banda do jeito correto e não estenderia sua parceria com Aaron Kamin.

“Acho que teria conduzido as coisas de outra maneira. Teria me assegurado de que fôssemos reconhecidos como uma banda de verdade, com músicos de verdade. E, com certeza, não estaria trabalhando com aquela pessoa naquele momento. Deveria ter encerrado a parceria quando ele quis desistir ainda no primeiro álbum.”

The Calling irá excursionar pelo Brasil nos próximos dias. Band e sua banda passam por Vitória (ES) em 04/10; Nova Iguaçu (RJ) em 05/10; Porto Alegre (RS) em 08/10; Curitiba (PR) em 09/10; Santo André (SP) em 11/10; São Paulo (SP) em 12/10; Belo Horizonte (MG) em 15/10; Brasília (DF) em 17/10 e encerra com show gratuito em Campinas (SP) em 19/10.

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Igor Miranda (@igormirandasite)
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e pós-graduado em Jornalismo Digital. Começou em 2007 a escrever sobre música, com foco em rock e heavy metal. É colaborador da Rolling Stone Brasil desde 2022 e mantém o site próprio IgorMiranda.com.br. Também trabalhou para veículos como Whiplash.Net, revista Roadie Crew, portal Cifras, site/canal Ei Nerd e revista Guitarload, entre outros. Instagram e outras redes: @igormirandasite.



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