Celebridade
Odete Roitman viva e mais: Compare o final do remake de Vale Tudo com a versão original

O final de uma novela é sempre um dos momentos mais aguardados pelo público, e quando se trata de um remake de um clássico como Vale Tudo, as expectativas se multiplicam. A versão original, de 1988, escrita por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, encerrou com cenas que se tornaram icônicas na teledramaturgia brasileira.
Já o remake de 2025, adaptado por Manuela Dias, surpreendeu ao modernizar não apenas a ambientação, mas também os destinos de seus principais personagens, promovendo mudanças drásticas que chocaram os telespectadores.
Uma das maiores alterações, e talvez a mais comentada, gira em torno do destino da vilã Odete Roitman. A personagem, eternizada por Beatriz Segall em 1988, e interpretada por Débora Bloch em 2025, teve um fim completamente diferente nas duas versões. Confira as diferenças do último capítulo das duas versões:
Odete Roitman
Na trama original, a pergunta “Quem matou Odete Roitman?” parou o país, e a resposta só veio no último capítulo: a assassina era Leila (Cássia Kiss), que agiu por ciúmes de Marco Aurélio (Reginaldo Faria). A morte da vilã era o ponto central do suspense final.
Em 2025, a autora Manuela Dias subverteu completamente a expectativa do público. A cena do assassinato de Odete (Débora Bloch) até ocorreu, com um flashback revelando que Marco Aurélio (Alexandre Nero) foi o responsável pelo disparo.
No entanto, a grande reviravolta da versão moderna foi que Odete sobreviveu ao atentado. A vilã forjou a própria morte, com a ajuda de Freitas (Luís Lobianco), e fugiu do país. Sua última cena é um aceno sarcástico ao Brasil, reforçando sua impunidade com a frase “Au revoir, Brasil. Odete Roitman sempre volta“, garantindo um final surpreendente.
“ODETE ROITMAN SEMPRE VOLTA”
A LOBA TÁ VIVAAAAAA, BRASIL!!!!!!! 🔥 #ValeTudo pic.twitter.com/XAJqfzAceb
— TV Globo 📺 (@tvglobo) October 18, 2025
Marco Aurélio e Leila
A cena de Marco Aurélio fugindo do país e fazendo o gesto da “banana” para o Brasil após aplicar um grande golpe financeiro na TCA é um marco da versão de 1988. Na época, a cena, interpretada por Reginaldo Faria, simbolizou a corrupção e a impunidade.
No remake de 2025, o vilão, vivido por Alexandre Nero, repetiu o gesto da banana, mas o desfecho foi alterado para refletir a atualidade. Marco Aurélio e Leila (Carolina Dieckmmann) tentaram fugir em um jatinho, mas a aeronave sofreu uma pane e eles foram presos.
O final do casal na versão moderna mostra uma imagem forte e atualizada: Marco Aurélio e Leila aparecem juntos, na cama, usando tornozeleiras eletrônicas, um símbolo moderno de vigilância e restrição. Enquanto na versão de Gilberto Braga o vilão conseguiu impunemente fugir, na de Manuela Dias, a justiça, ainda que sob condições, o alcançou.
Maria de Fátima
A trajetória de Maria de Fátima, a ambiciosa filha de Raquel (Regina Duarte), também sofreu uma modernização significativa. Na versão de 1988, a personagem de Glória Pires casou-se com um príncipe italiano da Lombardia que era gay e precisava de um casamento de fachada. A cerimônia, inclusive, foi arranjada por César (Carlos Alberto Riccelli). Ela também deixou o filho para ser criado pela mãe.
Em 2025, Maria de Fátima (Bella Campos) manteve sua ambição, mas seu desfecho foi mais “poderoso” e contemporâneo. Após deixar o filho Salvadorzinho com Raquel (Taís Araújo), a jovem se casou com Carvana (Leopoldo Pacheco), um rico empresário do agronegócio.
A cena final de Fátima a mostra em uma das fazendas do marido, vestindo roupas de grife e se reencontrando com César Ribeiro (Cauã Reymond), que havia herdado parte da fortuna de Odete e vivia como playboy. O flerte entre os dois sugere que o romance será retomado, com a possibilidade de Maria de Fátima e César continuarem suas tramoias.
Precisamos muito de um spin-off acompanhando os trambiques da Maria de Fátima, César e Olavinho juntos. #ValeTudo
pic.twitter.com/eUyZyy3N4d— dan jurídico faty acioli (@noveleirotv) October 18, 2025
Finais de outros personagens
A bondosa Raquel, vivida por Regina Duarte e, no remake, por Taís Araújo, manteve seu desfecho feliz em ambas as versões. Ela se casa com Ivan (Renato Góes) e se consolida no comando de seu empreendimento (a Paladar em 2025).
Ivan, que na versão original cumpriu pena por ser envolvido em um esquema de Odete, na versão moderna é inocentado e termina escrevendo um livro sobre ética e corrupção, reforçando o debate central da novela: Vale a pena ser honesto?
Heleninha Roitman: Na versão de 1988, a personagem de Renata Sorrah sofria de alcoolismo e buscava tratamento. Em 2025, Heleninha (Paolla Oliveira) foi acusada pela morte da mãe, mas conseguiu um habeas corpus e buscou ajuda para o alcoolismo, com o desfecho sugerindo um relacionamento com Renato (João Vicente de Castro).
Afonso e Solange: O casal, interpretado por Humberto Carrão e Alice Wegmann na nova versão, tem um final feliz com seus filhos gêmeos. Em 1988, os dois se casam após ele descobrir ser pai da filha dela, e ele assume a TCA após a morte de Odete.
Cecília e Laís: O remake inovou ao dar um final feliz e representativo ao casal Cecília (Maeve Jinkings) e Laís (Lorena Lima), que celebram sua união em uma festa de casamento, criando a filha adotiva Sarita.
Na versão de 1988, o relacionamento de Laís (Cristina Prochaska) com Marília (Bia Seidl) era apenas subentendido e Cecília (Lala Deheinzelin) morria em um acidente, o que demonstra a tentativa de modernização e inclusão da autora no novo texto.
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