Connect with us

Celebridade

O risco oculto por trás da dieta radical de Virginia que preocupa médicos; entenda

Published

on

Gracyanne Barbosa movimentou as redes sociais ao divulgar uma campanha fictícia sobre ovos de luxo, em tom bem-humorado — mas baseada em sua já conhecida rotina alimentar, que inclui o consumo de até 40 ovos por dia. Antes disso, a influenciadora Virginia Fonseca revelou que chega a comer até 20 ovos diariamente como parte da chamada “dieta do ovo”.

O consumo exagerado de proteínas, especialmente de um único alimento, virou tendência entre os famosos, mas a prática levanta preocupações na comunidade médica.

A Dra. Bárbara Mariano, gastroenterologista, afirma que, embora o ovo seja um alimento nutritivo e valioso para o organismo, transformá-lo na base única da dieta, especialmente em grandes quantidades, pode gerar desequilíbrios importantes no corpo.

“Dietas com foco excessivo em um único nutriente ou alimento criam distorções metabólicas e alimentares. No caso dos ovos, o alto consumo pode sobrecarregar o fígado e os rins, provocar desconfortos gastrointestinais e interferir na saúde intestinal e hormonal”, explica.

Dietas restritivas, impactos emocionais e risco de distúrbios alimentares

A chamada “dieta do ovo” normalmente envolve um cardápio limitado a ovos, verduras e pouca variedade nutricional. Para a Dra. Bárbara, o emagrecimento rápido promovido por esse tipo de estratégia é insustentável — além de abrir caminho para a má relação com a comida.

“O que se observa nesses casos é uma alimentação pobre em fibras, antioxidantes e diversidade de nutrientes, o que afeta diretamente a saúde intestinal, hormonal e emocional”, afirma.

Ela ainda destaca que, quando esse tipo de conteúdo é promovido por pessoas públicas, o impacto pode ser ainda mais prejudicial. “Dietas de moda reforçam padrões irreais e incentivam comportamentos que, em longo prazo, levam ao surgimento de transtornos como compulsão alimentar, ortorexia e distorção da imagem corporal. É fundamental olhar com senso crítico para esses discursos, que nem sempre são pautados em evidência científica”, alerta.

O mito da proteína em excesso e a visão integrativa do corpo

Com a ascensão de alimentos hiperproteicos — como shakes, suplementos e cardápios com dezenas de ovos — cresce também a crença de que a proteína é o nutriente mais importante da dieta.

“De fato, a proteína é essencial, mas em excesso ela pode causar sobrecarga digestiva, inflamação intestinal e desequilíbrios hormonais. O corpo precisa de equilíbrio, não de exageros”, destaca a médica.

Na visão da Medicina Funcional Integrativa, o foco está em compreender a individualidade bioquímica de cada paciente, considerando fatores como saúde intestinal, funcionamento hepático, estado emocional e níveis hormonais.

“Muitas vezes, o paciente que busca esse tipo de dieta está com o intestino disfuncional, insônia ou excesso de cortisol. Sem avaliar esses fatores, qualquer estratégia alimentar vira tentativa e erro”, pontua a Dra. Bárbara.

Leia também: Virginia surge com look impecável para ver jogo do namorado em Madrid

O que funciona: orientações práticas da médica

A Dra. Bárbara reforça que o segredo está na moderação e na variedade. O plano alimentar ideal respeita a rotina do paciente e busca corrigir desequilíbrios por meio de estratégias sustentáveis. “É possível ter um corpo saudável e funcional comendo bem, sem terrorismo nutricional e sem precisar de 20 ovos por dia. O que falta muitas vezes é informação de qualidade e acompanhamento adequado”, explica.

Entre as orientações que ela costuma passar no consultório estão:

  • Consumir proteínas de diferentes fontes, como leguminosas, ovos, carnes magras, peixes, sementes e grãos;
  • Priorizar alimentos naturais, integrais, ricos em fibras e compostos bioativos que melhoram a digestão e a saúde hormonal;
  • Avaliar sinais do corpo como distensão abdominal, constipação, fadiga, compulsão e oscilação de humor como possíveis respostas a desequilíbrios alimentares;
  • Reduzir o consumo de produtos industrializados, mesmo os “fit”, e evitar o consumo excessivo de suplementos sem indicação clínica;
  • Buscar apoio multidisciplinar para desenvolver uma relação mais saudável com a comida, com foco na nutrição real e na escuta ativa ao corpo.

“O prato precisa ser uma fonte de energia, equilíbrio e prazer. A obsessão com proteínas e dietas radicais não representa saúde. Alimentar-se bem é um processo de reconexão com o corpo, não de punição”, conclui a médica.

ACOMPANHE AS REDES SOCIAIS DA CARAS BRASIL E FIQUE POR DENTRO DE TUDO O QUE ACONTECE NO MUNDO DOS FAMOSOS:


Dra. Barbara Mariano

Dra. Barbara Mariano (CRM: 160.062 | RQE: 128753) É médica especializada em Gastroenterologia, com atuação integrada nas áreas de Medicina Funcional, Performance e Saúde. É diretora da Clínica Integrative Campinas, além de exercer funções como médica gastroenterologista no setor de endoscopia no município de Paulínia e médica na UTI do Trauma do HC–Unicamp.

Continue Reading
Advertisement
Clique para comentar

Deixar uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Revista Plateia © 2024 Todos os direitos reservados. Expediente: Nardel Azuoz - Jornalista e Editor Chefe . E-mail: redacao@redebcn.com.br - Tel. 11 2825-4686 WHATSAPP Política de Privacidade