Celebridade
‘O melhor ainda está por vir’

Caio Paduan interpreta Jonatas na obra ‘Paulo, O Apóstolo’; em entrevista à CARAS Brasil, o ator fala de carreira e maturidade
Caio Paduan (38) está de volta à TV na sériePaulo, O Apóstolo, onde dá vida ao personagem Jonatas. Em entrevista à CARAS Brasil, o ator celebra este retorno, fala sobre carreira e confessa como vem lidando com a maturidade.
Em 2024, Caio Paduan esteve em cartaz com o espetáculo Palhaços, ao lado de José Rubens Cachá. No segundo semestre, o ator foi premiado no Prêmio Bibi Ferreira como Melhor Ator Coadjuvante em Peça de Teatro e estrelou O Livro dos Prazeres, uma obra de Clarice Lispector. Agora, ele fala sobre a trama da Record.
“Voltar à TV com esse projeto é um presente. Jonatas é um personagem intenso, cheio de camadas, um homem ferido, tomado por sentimentos sombrios, que carrega uma história dolorosa. É exatamente o tipo de papel que me move como ator, porque exige técnica, estudo, e acima de tudo humanidade. Ele representa a complexidade do ser humano quando se perde em meio às distorções da fé e do amor. Estou mergulhado nesse desafio, com respeito e entrega total”, declara.
O tempo tem sido o maior professor
Os primeiros passos de Paduan na carreira artística foram dados ainda na escola, com apoio dos seus professores de literatura, quando teve a oportunidade de participar de diversas montagens de peças aos 16 anos. Ao longo desses anos, o ator desempenhou diversos projetos e avalia sua trajetória na arte.
“O tempo me ensinou a ouvir melhor, a entender os silêncios de um personagem, os subtextos da vida. Eu sigo estudando muito, tanto a arte quanto a mim mesmo. Tenho a consciência de que ainda há um oceano inteiro de coisas para aprender. Hoje, me vejo como um artista mais completo, mais aberto à direção, à criação e à expressão em múltiplas linguagens. O Caio de agora é um cara em expansão, curioso e cada vez mais comprometido com a potência da arte como ferramenta de transformação”, avalia.
‘Tenho buscado manter vivo o meu menino interior’
Aos 38 anos, Caio também está em um momento de reflexão. Movido às suas paixões, como kitesurf, música, cinema, séries, literatura e, é claro, o teatro. Paduan revela como vem lidando com o amadurecimento.
“Tenho buscado manter vivo o meu menino interior, aquele que sonha, se encanta, que não tem medo de se reinventar. Ao mesmo tempo, a maturidade me trouxe consciência, discernimento e vontade de lapidar quem eu sou. É uma fase de ressignificação: entender o que serve, o que precisa ir embora e o que pode ser transformado. Me sinto pleno nesse processo de autoconhecimento e evolução contínua”, diz.
Muito mais do que uma história bíblica
Paulo, O Apóstolo narra a trajetória de Saulo de Tarso, que segundo a tradição cristã, era um jovem fariseu que se tornou um dos maiores líderes do Cristianismo. Apesar desta narrativa, Caio Paduan reforça ser uma trama para além da tradição bíblica.
“Estamos falando de uma jornada de transformação profunda. Paulo de Tarso impactou um império com o amor, com a palavra e com o espírito. Como ator, é um privilégio contar uma história tão rica, que transcende o tempo e as religiões. Eu cresci num lar espiritualizado, sou cristão por essência, mas me reconheço como espiritualista. Acredito no amor, na compaixão e na força que une todos os caminhos. Isso é o que guia meu ofício e minha vida”, aponta. O ator fala de seus próximos projetos na carreira.
“Além do Jonatas, que é um personagem que mergulhei com intensidade, 2025 marca um divisor de águas com meu primeiro monólogo no teatro. Um projeto autoral, visceral, que tenho a honra de realizar ao lado do Ricardo Grasson e do Heitor Garcia. É uma experiência nova e desafiadora, que me tira da zona de conforto. Tenho também projetos no audiovisual em gestação, mas neste momento meu foco está total em dar vida ao Jonatas e em fazer do teatro um lugar de catarse e verdade. O melhor ainda está por vir”, finaliza o ator.
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