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‘O corpo inteiro sente o impacto’

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Em entrevista à CARAS Brasil, médico explica caso de Faustão e detalha riscos e consequências que podem exigir múltiplos transplantes no mesmo paciente

O apresentador Faustão (75), que passou por um transplante de coração em agosto de 2023, enfrentou, recentemente, dois novos desafios: transplante de rim e, posteriormente, de fígado. A sequência de cirurgias impressionou o público e levantou uma pergunta inevitável: afinal, é comum que um paciente precise de múltiplos transplantes em tão pouco tempo?

Segundo o cardiologista e intensivista Dr. Raphael Bosche Guimarães, em conversa com a CARAS Brasil, essa não é uma situação frequente, mas é algo possível na medicina.

“Um transplante de coração é um procedimento de grande porte, que exige do organismo um esforço enorme de adaptação. Em alguns casos, a função de outros órgãos já está comprometida antes mesmo da cirurgia, e o quadro pode se agravar no período pós-operatório.”

Como um transplante cardíaco pode levar a outros?

O especialista explica que existem mecanismos que podem levar à necessidade de novos transplantes: “Se o coração ficou doente por muito tempo antes da substituição, a circulação reduzida pode ter causado danos crônicos nos rins ou no fígado. Além disso, o uso de medicamentos imunossupressores, essenciais para evitar a rejeição do órgão, pode trazer efeitos colaterais, principalmente sobre os rins.”

Ele também alerta que, após uma cirurgia de alta complexidade, há maior risco de complicações: “O corpo inteiro sente o impacto. Mesmo quando o transplante cardíaco é bem-sucedido, o paciente continua em uma fase muito delicada de recuperação, e qualquer complicação pode afetar outros sistemas.”

Há vida após múltiplos transplantes?

Apesar da gravidade do quadro, Dr. Raphael lembra que o desfecho pode ser positivo: “Cada caso é único. O importante é reforçar que o acompanhamento médico rigoroso, a detecção precoce de problemas e o cuidado multidisciplinar são essenciais para prolongar a vida e preservar a função dos órgãos.”

O alerta que o caso Faustão traz?

Para o cardiologista, a trajetória do apresentador reforça uma lição importante: “O coração é o motor do corpo, mas ele depende do bom funcionamento de todo o sistema. Por isso, cuidar do coração desde cedo é também cuidar do resto do organismo.”

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