Celebridade
Médico sobre internação de Faustão: ‘Tratamento precisa ser intensivo’

Em entrevista para CARAS Brasil, o médico Dr João Branco analisa primeiras informações sobre internação do apresentador Faustão
O apresentador Fausto Silva (75), o Faustão, foi internado nesta quinta-feira (7) por conta de uma infecção na perna, segundo informações divulgadas por um colunista. A hospitalização ocorreu no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, e foi confirmada pela assessoria da unidade. Entretanto, a causa exata ainda não foi oficialmente informada.
Nos últimos anos, Faustão passou por momentos delicados de saúde. Em 2023, ele recebeu um novo coração e, em 2024, passou por um transplante de rim. Desde então, tem enfrentado outras internações e complicações decorrentes dos procedimentos e do uso de medicamentos imunossupressores.
Imunossupressores deixam pacientes mais suscetíveis
Em entrevista exclusiva à CARAS Brasil, o médico João Branco explicou os riscos enfrentados por pacientes transplantados como Faustão, especialmente no que diz respeito à imunidade.
“O Faustão é um pós-transplantado renal e de coração. Todos os pacientes pós-transplante devem fazer uso de imunossupressores. Esses imunossupressores reduzem a imunidade do corpo, tornando a pessoa mais suscetível a infecções“, afirmou.
Esses medicamentos são indispensáveis para evitar a rejeição dos órgãos transplantados, mas tornam o organismo menos capaz de combater agentes infecciosos.
Insuficiência venosa agrava o quadro
Além da imunossupressão, Faustão pode enfrentar outro fator de risco comum em pacientes transplantados: a insuficiência venosa, especialmente nos membros inferiores.
“Geralmente, as infecções em membros inferiores, especialmente em pacientes transplantados de coração, estão relacionadas a outro fator de risco, que é a insuficiência venosa. Quando o sangue fica estagnado, a bactéria tem maior facilidade de se proliferar. Portanto, são pessoas mais vulneráveis“, explicou João Branco.
Ele também alerta que quadros assim exigem um tratamento mais complexo: “Quando há insuficiência vascular no membro, a terapia precisa ser mais avançada. Assim, podemos destacar a imunossupressão, os fatores de risco e, principalmente, a insuficiência vascular“, pontuou.
Por fim, o médico destaca que infecções nesses casos podem evoluir rapidamente e exigem vigilância constante: “Isso pode aumentar o risco de trombose, fascite e, principalmente, infecções. O tratamento precisa ser intensivo devido ao uso dos imunossupressores“, concluiu.
