Celebridade
Médico faz alerta após Maurício Meirelles misturar remédio para dormir com álcool: ‘Pode ser fatal’

Maurício Meirelles (41) interrompeu seu show de stand-up, realizado no sábado, 24, no Shopping Eldorado, em São Paulo, por embriaguez. O humorista misturou remédio para insônia com bebida alcoólica, o que o impossibilitou de continuar o espetáculo.
Para entender o que pode ter acontecido com o apresentador do Aberto ao Público (Globo), CARAS Brasil entrevistou o Dr. Wandyk Alisson, que explica que os medicamentos para dormir podem ser grandes aliados quando usados da forma certa e por tempo limitado, sempre com acompanhamento médico. No entanto, se misturados com álcool, o efeito pode ser potencializado e prejudicial à saúde.
“Misturar remédios para dormir com álcool é perigoso e pode ser fatal. O álcool também deprime o sistema nervoso, e, quando combinado com esses medicamentos, o efeito sedativo se multiplica. Isso pode causar sonolência excessiva, confusão mental, perda de reflexos, desmaios, amnésia, dificuldade para respirar e, em casos graves, parada respiratória. Mesmo pequenas quantidades de bebida podem potencializar esses efeitos”, alerta.
Segundo o médico, a ingestão de bebida alcoólica com remédio é perigosa e nunca deve ser feita. Em caso de descumprimento da orientação do especialista, é preciso seguir um rigoroso protocolo para preservar a saúde e a integridade física.
“Se a pessoa usou o remédio e bebeu álcool, o ideal é não deitar imediatamente, deve permanecer sentada ou semi-deitada por uma ou duas horas para evitar engasgos ou apneia. É importante não dirigir, não usar máquinas e não ficar sozinha, pois há risco de desmaios ou confusão. Caso surjam sinais como respiração lenta, sonolência intensa, desmaios, pele fria ou dificuldade para acordar, é preciso procurar atendimento médico imediatamente ou acionar o SAMU (192)”, orienta.
Tratamento para a insônia
O médico destaca que o tratamento para a insônia deve ser conduzido de forma individualizada, respeitando as causas e as condições de cada paciente. “Cada tipo de remédio tem uma indicação específica, e o objetivo do tratamento deve ser sempre restaurar o sono natural, e não apenas ‘apagar’ a pessoa à noite”, explica.
Ele reforça a importância da prescrição criteriosa e do acompanhamento contínuo. “Independentemente da classe do medicamento, todos devem ser usados com prescrição e acompanhamento médico, porque o tipo, a dose e o tempo de uso variam conforme a causa da insônia e o perfil de cada paciente”, finaliza.
