Celebridade
Médico analisa caso da prima de Ana Castela e explica riscos no pós-parto: ‘Piora’

O caso da prima da cantora Ana Castela (21), Paula Proença Castela Ribeiro (36), que morreu após complicações no pós-parto, trouxe à tona uma discussão urgente sobre a mortalidade materna no Brasil. O bebê, que nasceu prematuro, segue internado, enquanto familiares e amigos ainda tentam lidar com o luto.
Em entrevista à CARAS Brasil, o médico integrativo Dr. Wandyk Alisson explica que esse tipo de desfecho ainda é mais comum do que se imagina e, muitas vezes, ocorre após partos aparentemente sem intercorrências. “Mesmo após um parto aparentemente tranquilo, a mãe e o bebê devem ser avaliados em ambiente hospitalar, pois complicações como hemorragias tardias e infecções podem surgir nas primeiras horas”, explica.
O especialista reforça que, apesar dos avanços da medicina, a morte materna e fetal continua sendo um dos grandes desafios da obstetrícia moderna. “A morte materna e fetal é um dos desfechos mais trágicos da medicina moderna, não apenas porque representa a perda de duas vidas, mas porque em grande parte dos casos ela é evitável”, pontua.
Paula Castela morreu na quinta-feira, 23, após apresentar complicações no pós-parto, segundo nota de pesar divulgada pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT). A cantora sertaneja, que recebeu a notícia durante uma viagem a trabalho em Portugal, chegou a pedir doações de sangue um dia antes do falecimento da parente.
Segundo ele, o acompanhamento contínuo e a detecção precoce são as principais formas de prevenção. De acordo com o médico, a morte materna é definida como aquela que ocorre durante a gestação ou até 42 dias após o parto. “As causas diretas são aquelas ligadas a complicações obstétricas imediatas, enquanto as indiretas decorrem da piora de doenças pré-existentes durante a gestação”, explica.
Entre as causas mais recorrentes estão hemorragias, infecções, tromboses e doenças hipertensivas, como a pré-eclâmpsia. Wandyk chama atenção para o fato de que muitas dessas condições poderiam ser evitadas com atenção adequada no pós-parto.
“Entre as causas diretas mais comuns de morte materna, a hemorragia obstétrica ainda é a principal vilã. Ela pode ocorrer por descolamento prematuro de placenta, atonia uterina, ruptura uterina ou lacerações graves”, alerta.
Para ele, o caso da prima de Ana Castela é um lembrete doloroso sobre a importância da vigilância médica. “A medicina de precisão surge como uma resposta a essa urgência, oferecendo ferramentas que permitem antecipar riscos antes que se tornem emergências”, conclui o especialista.
