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Médico alerta para quadro que atingiu Mario Frias: ‘Não é frescura’

Em 2019, Mario Frias relatou ter sofrido com uma enxaqueca; entenda a seguir mais sobre o quadro e a necessidade de buscar ajuda médica
Pai de Miguel (20) e Laura (17), o deputado federal e ex-ator Mario Frias (53) já revelou ter enfrentado uma crise de enxaqueca. Em 2019, ele sentiu fortes dores de cabeça e náusea após gravar o programa A Melhor Viagem, que apresentava na RedeTV!, e decidiu ir até o pronto socorro.
Para o médico neurologista Saulo Nader, a decisão de Mario Frias, ao ir até o hospital, foi correta. O especialista explica que a enxaqueca é uma doença, que afeta grande parte da população, e precisa de atenção para possibilitar uma melhor qualidade de vida aos pacientes.
“A enxaqueca é uma dor de cabeça diferente. Ela não é frescura, nem ‘manha’. É uma doença neurológica crônica, com causa genética, que afeta milhões de pessoas no mundo“, começa o médico, em entrevista à CARAS Brasil.
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“É preciso atenção. Nem toda dor de cabeça é ‘só’ enxaqueca. Se você tem uma dor de cabeça diferente, mais forte, súbita, associada a náusea intensa, visão turva, dormência ou dificuldade para falar vá ao pronto-socorro“, alerta. “No caso de Mario Frias, ele agiu certo. Porque às vezes, o que parece uma enxaqueca pode ser um AVC, uma meningite ou outra condição grave.”
O que pode causar uma enxaqueca?
Nader explica que, para surgir uma enxaqueca, há certa desordem no cérebro. “O que acontece no cérebro é uma verdadeira bagunça química: Neurônios disparam de forma exagerada, substâncias inflamatórias são liberadas, e aí… pá! Dor, náusea, sensibilidade à luz e ao som.”
À época do relato, Mario Frias explicou que o cansaço excessivo o levou a enfrentar o quadro, o que pode ser um gatilho. “Cansaço, estresse, jejum, mudanças hormonais e até cheiros fortes podem servir como gatilhos. É como se o cérebro dissesse: ‘Ei, está tudo demais aqui!’ e responde com dor.”
O impacto da enxaqueca no Brasil
A enxaqueca é uma condição considerada comum no Brasil. De acordo com dados de uma pesquisa do Instituto WifOR, da Alemanha, que avaliou a carga socioeconômica de doenças crônicas de alta prevalência na América Latina, estima-se que 31,4 milhões de pessoas sofrem de enxaqueca no país, sendo 63% mulheres. Destes, apenas 40% possuem diagnóstico e fazem tratamento.
Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece opções de tratamento para a enxaqueca, desde intervenções medicamentosas até práticas integrativas complementares. O Ministério da Saúde reforça a importância de buscar ajuda médica para um diagnóstico preciso e tratamento adequado da condição.
