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Médica avalia quadro psicótico agudo enfrentado por Vanessa Lopes: ‘Não reconhece’

Recentemente, Vanessa Lopes relembrou o quadro psicótico agudo sofrido dentro do BBB24. A influenciadora deu uma entrevista para a Quem e contou que está há mais de um ano em tratamento psiquiátrico. Vanessa também falou sobre a importância do acompanhamento psicológico adequado.
“Sobre a minha saúde mental, eu me sinto em um momento muito delicioso da minha vida. É um período em que estou me aproximando do que realmente importa: pessoas que fazem a diferença na minha vida, que me inspiram, além de dedicar tempo a médicos e profissionais que me ajudam nesse processo”, disse.
O quadro psicótico agudo é uma ruptura significativa com a realidade. O indivíduo pode apresentar delírios, alucinações, pensamento desorganizado e mudanças bruscas de comportamento ou humor. Em muitos casos, a pessoa não reconhece que está em sofrimento. É o que explica, em entrevista à CARAS Brasil, a médica psiquiatra Dra. Maria Fernanda Caliani.
Sinais de alerta
A médica esclarece que alguns sinais de alerta precisam ser acompanhados por familiares e amigos. São eles:
- Mudanças súbitas e intensas no comportamento ou fala;
- Suspensão do contato com a realidade (ex: falas desconexas, desconfianças sem motivo, sensação de perseguição);
- Insônia persistente;
- Isolamento social ou recusa em se alimentar;
- Expressões de medo intenso, desorganização ou agitação.
“Reconhecer esses sinais precocemente é fundamental para buscar ajuda profissional antes que o quadro se agrave”.
Tratamento
“O tratamento de um quadro psicótico agudo deve ser individualizado e geralmente envolve uma combinação de medicação antipsicótica, acompanhamento psiquiátrico e suporte psicossocial. Em alguns casos, pode ser necessário um período de internação para estabilização e segurança”, conta a médica.
Segundo a Dra. Maria Fernanda, o tempo de recuperação é variável. Algumas pessoas se estabilizam em semanas, enquanto outras podem levar meses para retomar o funcionamento pleno.
A psiquiatra também fala da importância do acompanhamento contínuo após a crise, já que ele permite ajuste fino da medicação, prevenção de recaídas, reintegração social e funcional da pessoa e apoio emocional para lidar com o impacto da crise.
“Muitas vezes, o paciente e a família sentem alívio com a melhora, mas a interrupção precoce do tratamento é um dos principais fatores de recaída. A saúde mental precisa de constância, não apenas de intervenção em momentos críticos”.
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Pessoas mais jovens
Perguntamos à Dra. Maria Fernanda se pessoas jovens, como Vanessa Lopes, podem ter mais vulnerabilidade a quadros desse tipo. Ela respondeu que sim, especialmente entre os 15 a 30 anos. Esse é o período em que muitos transtornos mentais graves se manifestam pela primeira vez, como esquizofrenia ou transtornos afetivos com sintomas psicóticos.
“Além disso, o contexto atual expõe os jovens a fatores de risco importantes: pressão social intensa, exposição constante às redes sociais, privação de sono, uso de substâncias, e pouca estrutura de apoio emocional. Quando somamos esses elementos a uma predisposição genética ou biológica, o risco aumenta”, completa.
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