Celebridade
Luis Melo revela frustração com seu personagem na novela Vale Tudo

O ator Luis Melo surpreendeu ao revelar sua frustração com o remake de Vale Tudo, da Globo. Ele interpretou o jornalista Bartolomeu na história e contou que esperava mais de suas cenas. O artista afirmou que seu personagem não foi desenvolvido como ele esperava.
O desabafo dele foi feito no podcast Ser Artista. O apresentador perguntou: “Esperava mais de Vale Tudo para você?”. E o ator confirmou: “Eu esperava”.
Logo depois, ele explicou o seu sentimento de frustração. “Eu não cheguei a sofrer muito com isso, até por essa coisa da compreensão. A única coisa que senti foi pensar: ‘Meu Deus, eu poderia estar fazendo tanta coisa’. Mas eu também não sei fazer nada pela metade, e não é porque não foi que eu não vou. Eu não pensei em outra coisa. Não mexi em peça, projetos, nada. Não fiz nada enquanto não terminasse. Mas você fica com uma vontade de fazer mais“, afirmou.
A carreira de sucesso de Luis Melo
Luis Melo é um daqueles atores que, ao aparecer na tela, instantaneamente rouba a cena. Com uma carreira sólida que atravessa décadas, ele é uma referência em versatilidade, transitando com maestria entre o drama e a comédia, do teatro à televisão. Nascido em Curitiba, Paraná, o artista tem uma trajetória que começou nos palcos e o levou a se consagrar em produções aclamadas do cinema e da TV.
Antes de se tornar um rosto conhecido nas novelas da Rede Globo, Luis Melo dedicou grande parte de sua vida ao teatro. O ator se formou pelo Curso Permanente da Fundação Teatro Guaíra, em Curitiba, ainda em 1969. Em 1975, ele se mudou para São Paulo e se tornou, por uma década, o primeiro ator do renomado Grupo Macunaíma, dirigido por Antunes Filho.
Sua experiência no teatro lhe rendeu prêmios importantes, como o Shell, APCA e Molière, com destaque para a peça Trono de Sangue, adaptação de Macbeth de Shakespeare.
Papéis inesquecíveis nas novelas
A partir de sua estreia no horário nobre, Luis Melo engatou uma série de trabalhos que o consagraram. Frequentemente, o ator se destacava em papéis de antagonista ou de personagens cômicos e marcantes:
- Nicanor Batista em O Cravo e a Rosa (2000): O banqueiro viúvo e pai de Catarina (Adriana Esteves), um papel que até hoje é sucesso nas reprises e gerou um aumento significativo em sua popularidade.
- Bento Manuel em A Casa das Sete Mulheres (2003): Sua performance na minissérie histórica rendeu o prêmio de Melhor Ator de TV.
- Ramiro em América (2005): O personagem era um “coiote” envolvido com a travessia ilegal de imigrantes na fronteira dos EUA.
- Gustavo em O Outro Lado do Paraíso (2017/2018): Um juiz corrupto que foi um dos seus últimos trabalhos em folhetins.
- Massimo Pasqualino em Além do Tempo (2015): O divertido italiano em diferentes fases da trama.
O ator também brilhou em minisséries como Hilda Furacão (1998) e A Muralha (2000), além de interpretar o Diabo na versão para cinema de O Auto da Compadecida (2000).