Celebridade
Irmã da namorada de Cristiano Araújo relembra a morte dos dois

Irmã de Allana Moraes, Gabriela Moraes relembra como recebeu a notícia da morte da irmã no acidente com Cristiano Araújo
Irmã de Allana Moraes, Gabriela Moraes relembrou quando a irmã morreu no acidente de carro com o cantor sertanejo Cristiano Araújo e como foi lidar com o luto. Em um depoimento nas redes sociais, ela contou que a Allana foi o segundo filho que sua mãe perdeu na vida e falou sobre sua decisão de ser forte enquanto os pais estavam de luto.
Porém, a jovem relembrou que enfrentou a depressão enquanto vivia o seu luto pela irmã anos depois da partida dela. E também comentou sobre quando se sentiu bem novamente.
“Em 2014, Alana conheceu um rapaz, chamado Cristiano. Ele era um cantor que estava em ascensão na época, a voz linda e um coração gigantesco. Um homem muito doce, muito querido, muito atencioso, e eles começaram a namorar. Foi uma paixão muito grande nas duas partes e uma história muito intensa, muito difícil pelo meio que o Cristiano vivia. A rotina é muito puxada. Dia 24 de junho de 2015, eles sofreram um acidente de carro e os dois morreram”, disse ela.
Então, Gabriela relembrou como recebeu a notícia da morte da irmã de madrugada. “E eu lembro que estava dormindo, era um dia de escola, quase nas férias. Minha mãe entrou no meu quarto, pegou no meu pé para eu acordar, ela estava no telefone e eu fiquei ouvindo a conversa: ‘Parece que foi um acidente’. Eu pensei que foi o meu pai, que estava pescando com os amigos dele. Eu achei que ele tinha morrido em um acidente voltando para Goiânia. E era Alana. Eu lembro de levantar e abraçar a minha mãe: ‘Por favor, não esquece de mim’. Porque eu pensei: ela perdeu 2 filhos, como ela vai sobreviver? Como ela vai lembrar que ela tem uma terceira filha que precisa cuidar? Como ela vai aguentar toda essa dor e ainda ter forças para cuidar de mim. Foi um pedido muito aflito de uma menina de 16 anos que não sabia o que a aguardava”, comentou.
A jovem ainda contou que precisou mudar de cidade por causa do assédio após a tragédia. “Pelo Cristiano ser famoso, a gente sofreu muita exposição da mídia, muito assédio, foi muito pesado, muito ruim, muitas pessoas maldosas, muitos comentários cruéis. Em 2017, eu resolvi mudar de cidade porque a gente é de Goiânia, toda a história aconteceu em Goiânia, onde eu ia, as pessoas me viam como a irmã da menina que morreu no acidente de carro com cantor sertanejo. Eu tinha acabado de fazer 18 anos, aquela em que você está tentando saber quem você é, se descobrindo, e em Goiânia onde eu ia eu era um rótulo que não queria ser lembrada, eu já lembrava sozinha. Fui para Curitiba. Eu comecei a fazer Psicologia lá e pude fugir um pouco disso. Eu não contava a minha história para quase ninguém. Sinceramente, lá eu fui triste”.
E completou: “Em 2019, eu sofri uma depressão, ia da faculdade para casa, engordei, desenvolvi um quadro de compulsão alimentar porque eu me permiti viver o luto. Nem o meu luto eu pude viver. Todo mundo chegava em mim e falava: Nossa, como os seus pais estão? Nossa que difícil para seus pais. Eu tinha o meu luto, a minha jornada para viver e eu me neguei. Eu não vivi o meu luto porque eu não podia ser um peso para os meus pais, eu precisava cuidar dos meus pais. Ao despreocupar os meus pais, eu esqueci de mim. Fui para Curitiba porque precisava me isolar e eu vivi meu luto. Quando eu vi que estava em uma situação muito difícil eu voltei para Goiânia. Eu voltei em dezembro de 2019, foi Deus que me mandou de volta para casa antes da pandemia. Eu transferi a faculdade para Goiânia, me formei em 2023. Foi a partir do momento em que me formei que comecei meu processo de cura, foi tudo muito lento para mim”.
Como foi o acidente de Cristiano Araújo?
Em 24 de junho de 2015, Cristiano Araújo, de 29 anos à época, e a namorada, Allana Moraes, de 19, foram vítimas de um acidente de carro quando voltavam de um show em Itumbiara, Goiás. A notícia do falecimento do cantor e da companheira chocou o Brasil, gerando homenagens de fãs, amigos e colegas de profissão.
Na fatalidade, somente o jovem casal perdeu a vida. Os outros dois ocupantes do automóvel, o motorista Ronaldo Miranda e o empresário Vitor Leonardo, sofreram ferimentos leves. Cristiano Araújo e Allana Moraes foram sepultados no mesmo cemitério, localizado em Goiânia.
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