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Gatos vivem mais que cães? Entenda a ciência da longevidade

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Os animais de estimação ocupam um espaço central nos lares brasileiros e globais, desempenhando diferentes papéis afetivos e sociais. Entre os mais populares estão justamente os cães e os gatos, formando a base da companhia doméstica em inúmeras residências. Dados recentes apontam que, em 2025, cerca de 39% dos franceses possuem um gato, enquanto 30% convivem com cães, números que se repetem em muitos países. Uma das curiosidades mais observadas nessa relação é a diferença de expectativa de vida entre essas duas espécies.

Enquanto os gatos frequentemente ultrapassam os 12 anos, alcançando facilmente mais de 18 anos de vida, os cães apresentam uma média menor, variando entre 10 e 13 anos, considerando as diferentes raças. Essa disparidade de longevidade desperta o interesse de tutores e especialistas, que buscam entender os fatores biológicos, comportamentais e ambientais que justificam tamanha diferença.

Por que os gatos vivem mais do que os cães?

A longevidade dos felinos se diferencia por algumas razões. Um dos principais fatores diz respeito ao metabolismo. Os cães tendem a ter um metabolismo mais acelerado, o que implica em uma queima de energia mais intensa, mesmo em situações de repouso. Essencialmente, quanto mais rápido o metabolismo, mais rápido ocorrem processos biológicos que contribuem para o envelhecimento. Já os gatos possuem um metabolismo considerado mais lento, permitindo um envelhecimento biológico progressivo e retardado. Por isso, sinais de velhice aparecem mais tarde nos gatos, frequentemente a partir dos 10 ou 12 anos.

Além do metabolismo, as doenças vinculadas à idade manifestam-se de modo diferente entre as espécies. Os cães, por vezes, apresentam problemas articulares, dentários ou cognitivos ainda durante a meia-idade, enquanto os felinos tendem a demonstrar fragilidades mais tarde. Esse intervalo maior permite aos gatos uma melhor adaptação e possíveis intervenções preventivas.

A longevidade dos felinos se diferencia por algumas razões
A longevidade dos felinos se diferencia por algumas razões

Como a genética e o porte influenciam a expectativa de vida?

A genética exerce papel fundamental na expectativa de vida dos cães e gatos. No caso dos cães, a variação entre as raças é expressiva, especialmente em relação ao porte. Cães de pequeno porte, como o Yorkshire, podem viver até 16 anos ou mais, enquanto raças maiores, como o Labrador, têm média de vida entre 10 e 12 anos. Isso vai na contramão de outros animais, onde normalmente indivíduos maiores vivem mais tempo. A razão está relacionada à velocidade de crescimento e ao impacto dessa rapidez nos tecidos, coração e articulações, que sofrem mais desgastes precocemente.

Outro ponto chave é a seleção genética praticada pelos seres humanos. Muitas raças caninas passaram por cruzamentos criteriosamente direcionados para manter certas características físicas, o que resultou em maior predisposição a doenças hereditárias, incluindo câncer, cardiopatias e displasias. Os gatos, por outro lado, costumam ser menos selecionados e a maior parte deles pertence a linhagens sem raça definida, apresentando, assim, uma maior resistência a enfermidades genéticas.

Quais fatores ambientais podem impactar a longevidade dos pets?

O ambiente em que cães e gatos vivem também impacta diretamente sua saúde e sobrevivência. Os hábitos dos felinos geralmente são menos expostos aos riscos externos. Geralmente, os gatos passam boa parte do tempo em repouso, exploram áreas seguras do próprio lar e raramente se envolvem em situações de conflito. Já os cães costumam sair de casa com frequência, interagem com outros animais e enfrentam uma rotina mais dinâmica, o que pode aumentar o risco de ferimentos ou contato com agentes infecciosos.

Além das particularidades do estilo de vida, a prevenção é um elemento crucial. As consultas regulares com veterinários e o cumprimento adequado do calendário de vacinas, cuidados dentários e controle de parasitas são indispensáveis para aumentar as chances de uma vida longa e saudável para ambos, cães e gatos.

  • Visitas regulares ao veterinário
  • Alimentação adequada segundo a espécie e idade
  • Prática de atividades físicas adequadas
  • Ambiente limpo e seguro

Ainda que os dados apontem para uma expectativa de vida diferente entre cães e gatos, é importante reconhecer que cada animal possui individualidades. Fatores genéticos, rotina, alimentação e prevenção são determinantes marcantes, e a presença atenta do tutor pode contribuir para a qualidade de vida dos animais de estimação. Garantir o acompanhamento e o suporte necessários é fundamental para o bem-estar e a longevidade desses companheiros tão presentes no cotidiano.



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