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Esses aparelhos parecem estar desligados, mas continuam consumindo
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Desligar aparelhos da tomada muitas vezes é visto como uma solução rápida para economizar energia ou evitar acidentes elétricos. Porém, essa atitude provoca efeitos que vão além do simples ato de desconectar. A prática carrega vantagens, limitações e recomendações que precisam ser consideradas para entender se vale a pena realmente adotar essa rotina em casa ou no trabalho.
Muitos equipamentos utilizam energia mesmo quando estão aparentemente desligados. Esse consumo indireto e outros fatores tornam relevante avaliar em que situações essa medida representa benefícios concretos ou, ao contrário, quando pode gerar desgaste e contratempos desnecessários.
Quais são os benefícios de desligar aparelhos direto da tomada?
Remover eletrodomésticos e eletrônicos da tomada elimina o consumo em stand-by, também conhecido como carga fantasma. Mesmo desligados, televisores, micro-ondas e outros aparelhos continuam a consumir energia de forma invisível — fenômeno verificado por diferentes pesquisas do setor elétrico.
Outra vantagem clara é a proteção contra surtos de energia e curtos-circuitos. Ao desconectar antes de temporais ou em situações de pico de tensão, os riscos de queima de componentes e choques elétricos ficam bastante reduzidos. A Neoenergia aponta a desconexão como um dos métodos mais simples de evitar prejuízos durante instabilidades na rede.
Há desvantagens ou riscos ao desconectar aparelhos dessa forma?
Desligar direto da tomada pode gerar desgaste físico em plugs e contatos internos. O movimento constante de conectar e desconectar acelera o envelhecimento de metais e plásticos responsáveis pela condução da energia, especialmente em aparelhos mais sensíveis.
- Alguns equipamentos dependem de alimentação contínua para preservar configurações e memória, podendo perder dados ou horários.
- Desconectar abruptamente pode exigir reinicializações demoradas e até diminuir a vida útil em certos casos.
Quanto você realmente economiza ao desligar aparelhos direto da tomada?
A economia gerada pela prática depende do tipo de aparelho e do tempo fora de uso. Dispositivos como TVs, receptores e sistemas de som são exemplos comuns de consumo em stand-by. A soma dos gastos pode ser relevante no fim do mês, principalmente em lares com diversos eletrônicos conectados.
No entanto, nem todos consomem energia de modo significativo em modo repouso. Estudos revelam que o impacto financeiro varia, sendo maior com aparelhos que permanecem ligados por horas sem necessidade e menor com itens de baixo consumo individual.
Em que situações é mais vantajoso desconectar aparelhos diretamente?
Existem ocasiões claramente indicadas para a remoção dos aparelhos da tomada. Entre elas:
- Durante tempestades ou falhas na rede elétrica, para proteger contra sobrecargas e possíveis surtos.
- Quando dispositivos permanecem sem uso por longos períodos, como em férias, viagens ou imóveis desocupados.
Nesses casos, o benefício é duplo: evita prejuízos com equipamentos danificados e elimina o consumo desnecessário. Em casas com rede antiga ou mais vulnerável, também é recomendado adotar a prática como medida preventiva.
Quando não faz sentido ou é desnecessário desconectar?
Para determinados aparelhos, desligar direto da tomada pode ser menos eficaz ou mesmo atrapalhar seu desempenho. Equipamentos com sistemas antissurto integrados, alarmes eletrônicos, sensores contínuos ou refrigeradores modernos dependem da energia para funções essenciais.
Além disso, em locais com fornecimento de energia muito estável, o ganho com o desligamento pode ser pouco expressivo. Alternativas como o uso de filtros de linha ou nobreaks podem ser mais indicadas, especialmente se o objetivo for preservar funcionalidades e proteger sem a necessidade de desconexão frequente.