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Esse é o motivo pelo qual seu pet esconde comida e brinquedos
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O comportamento de enterrar alimentos, brinquedos e até outros objetos é facilmente observado em cães e gatos em diferentes contextos domésticos. Este hábito costuma gerar curiosidade entre tutores, principalmente quando surge de repente ou de forma repetida. Embora pareça estranho dentro de casa, enterrar objetos é uma prática natural ligada ao instinto e à história evolutiva desses animais de estimação.
Compreender por que cães e gatos desenvolvem esse costume é fundamental para criar um ambiente mais harmônico e adaptar tarefas do cotidiano. Em alguns casos, a conduta pode estar associada à busca por segurança ou ao desejo de guardar recursos para momentos de necessidade. Analisar essas alternativas contribui para um convívio mais saudável entre pets e pessoas, além de ajudar a prevenir comportamentos indesejados.
Instintos ancestrais explicam o ato de enterrar objetos?
Muitos especialistas associam o hábito de enterrar a heranças comportamentais de ancestrais selvagens. Em ambientes naturais, felinos e canídeos precisam ocultar alimentos de possíveis predadores ou competidores. Isso permitia que retornassem mais tarde, aproveitando a comida restante sem que outros tivessem acesso. Tal prática continua presente mesmo em animais domesticados, independentemente de estarem bem alimentados ou cercados de segurança.
Nos gatos, esconder objetos ou cobrir o alimento após comer também pode ser um resquício do comportamento de disfarçar o próprio cheiro do ambiente, evitando chamar atenção de predadores. Já entre cães, o ato pode envolver tanto esconder comida como brinquedos, ossos e até objetos inusitados, indicando instinto de proteção de recursos.
Por que cães e gatos escondem itens dentro de casa?
Enquanto cães enterram ossos em jardins ou escondem brinquedos em sofás, gatos costumam arrastar itens para debaixo de móveis. Embora a natureza selvagem influencie, é preciso considerar outros fatores. O tédio, a ansiedade ou a busca por conforto podem incentivar esse comportamento. Em ambientes com muitos estímulos, o animal pode agir assim por excesso de energia. Já em situações que geram insegurança, guardar objetos pode representar uma forma de garantir conforto posteriormente.
- Proteção de recursos: Ocultar comida, brinquedos ou objetos considerados valiosos impede que outros tenham acesso a eles.
- Enriquecimento ambiental: Esconder itens pode criar um tipo de entretenimento para o animal, especialmente se estiver sozinho por longos períodos.
- Reação ao ambiente: Mudanças na rotina, chegada de novos animais ou pessoas podem aumentar episódios de guardar pertences.
- Imitação: Alguns pets podem aprender a esconder objetos observando outros animais.
Como lidar com o hábito de enterrar ou esconder objetos?
Gerenciar esse comportamento começa por entender o contexto em que ele ocorre. Observar se o animal demonstra ansiedade, competição por recursos ou falta de estímulos é importante para direcionar intervenções. Em muitos casos, essa conduta não causa prejuízo e pode ser considerada saudável. No entanto, quando passa a atrapalhar o dia a dia ou indica estresse, algumas medidas simples podem ajudar.
- Ofereça brinquedos variados: Deixe à disposição itens diferentes, próprios para morder, puxar ou esconder, tornando o ambiente mais interessante para o animal.
- Crie rotinas de exercícios: Caminhadas, brincadeiras e sessões curtas de adestramento contribuem para diminuir comportamentos repetitivos motivados por tédio ou energia acumulada.
- Evite brigar: Repreensão não costuma resolver o hábito e pode gerar maiores inseguranças. Prefira redirecionar a atenção do pet para outras atividades.
- Ajuda profissional: Em situações de ansiedade extrema ou prejuízo ao bem-estar, é indicado buscar auxílio veterinário ou de um especialista em comportamento animal.
Compreender a origem do hábito de cães e gatos de esconder ou enterrar pertences permite manejar melhor o ambiente doméstico e garantir a tranquilidade tanto para animais quanto para tutores. Essa prática pode ser vista como um traço do passado selvagem, adaptado à convivência moderna, servindo de alerta para possíveis necessidades de ajuste na rotina ou de apoio profissional quando necessário.