Celebridade
Com Dira Paes, Sophie Charlotte e Alana Cabral, Três Graças promete história sobre a força das mulheres

A cidade de São Paulo foi o cenário eleito para abraçar o novo novelão das 9, Três Graças, que também ganhou festa de lançamento na Terra da Garoa. A trama, que tem a missão de suceder o fenômeno Vale Tudo, já tem artifícios de peso para o sucesso. É o grande retorno de Aguinaldo Silva (82), autor de títulos como Tieta e Senhora do Destino, ao horário nobre da Globo, e ele não poderia estar mais empolgado.
“Eu busco homenagear essas mulheres, que são pessoas anônimas com as quais cruzamos na rua, no metrô, no ônibus, saindo muito cedo para trabalhar. A gente conhece muito pouco da vida delas, mas são muito humanas, trabalhadoras. Queria fazer um retrato dessas mulheres urbanas. Minhas novelas sempre são sobre mulheres: protagonistas e vilãs. É um universo em que transito bem. Como observador da vida, presto atenção nessas pessoas. Elas merecem que a gente conte a história delas“, explica ele, sobre a trama que estreia dia 20.
O lançamento, realizado na emblemática Pinacoteca de SP, contou com a presença do elenco, incluindo as três protagonistas, Dira Paes (56), Sophie Charlotte (36) e Alana Cabral (18), que dão vida a Ligia, Gerluce e Joelly, respectivamente. Na história, as três foram mães na adolescência e ainda não puderam contar com o apoio dos companheiros na maternidade.
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Doente, Ligia conta com a ajuda de Gerluce para conseguir se sustentar, mas eis que a filha descobre que os remédios que a mãe toma não passam de pílulas de farinha, desenrolando uma trama perigosa liderada pelo vilão vivido por Murilo Benício (54). “A novela trata do dilema ético do País: quanto vale a vida? Apesar dessa questão, temos muita diversão, é uma história muito leve. É pensada para que as pessoas se divirtam e se apaixonem“, reflete o diretor, Luiz Henrique Rios (66).
“Novela é entretenimento. Não é sobre a realidade, é na realidade. O tom que tentamos imprimir é de um lugar que o público possa se identificar, mas que ele saiba e sinta que não é de verdade. Tem um certo tom um pouco acima. A nossa vilã faz rir e chorar, é uma tragicomédia misteriosa. Foi muito interessante levar essa novela para São Paulo, para mim foi maravilhoso. É uma cidade muito múltipla, intensa e tem essa grande disputa de poder“, completa.
Na festa, o que não faltou foi alto-astral. Além de Aguinaldo Silva, outros nomes que o público estava com saudade voltaram à cena, como Fernanda Vasconcellos (41) e Carla Marins (57), que ganham papéis de destaque na trama. Animadas, as atrizes se divertiram durante o evento e se jogaram ao ritmo de Belo (51) e Xamã (35), responsáveis por embalar o público com seus sucessos.
Esta será a segunda vez que o rapper estará na mesma produção que a eleita, Sophie, e ela não escondeu o clima de romance entre os dois, trocando beijos com o amado durante a noite. “É um processo lindo. Temos um elenco de luxo, em todos os sentidos, de caras, formas e jeitos diferentes. Estou feliz com essa oportunidade. Percebo a cada cena como é potente essa personagem para mim como atriz e também como mulher“, compartilha Sophie.
Três Graças também marca a estreia de Alana Cabral como protagonista. Com apenas 18 anos de idade recém-completados, ela não esconde a felicidade de ocupar um espaço de tamanha importância ainda tão jovem. “Estou muito honrada. Nem nos meus maiores sonhos, pensei nisso. Eu me preparo desde muito nova, sou atriz desde os 7 anos. Eu achei que ser protagonista viria só mais para frente. Estou aprendendo muito. Não diria que estou preparada, mas estou feliz de ser protagonista dessa história“, conta.
“Contracenar com Dira e Sophie é uma aula todos os dias. Eu saio de cada cena pensando o quanto é incrível. As duas são muito empáticas comigo, educadas“, completa Alana. Apesar de toda experiência, Dira também está descobrindo novas facetas de si diante do novo desafio. “A Ligia tem me trazido tantas reflexões. Quem é essa mãe que começa essa vida solitária, contando consigo mesma? Eu vejo como essa mulher que chegou à favela e teve ajuda de outras mulheres. Mas a relação com a filha é construída quase como uma amizade, elas amadureceram juntas“, diz a estrela.
Por último, mas não menos importante, nãopodemos deixar de citar a grande vilã de toda a história: Grazi Massafera (43). A atriz —uma das últimas a chegar à festa, atraindo todos os holofotes assim que apareceu— está sentindo a pressão de dar vida a uma vilã em plena trama de Aguinaldo, conhecido por ter criado ícones da teledramaturgia como Nazaré Tedesco e Teresa Cristina.
“Estar nesse posto de uma novela do Aguinaldo, de vilã, é uma honra. Esses vilões têm comédia, têm fantasia. Eu estava vindo de um estudo, desde a pandemia, para me reestruturar, estudei sobre estruturas sociais e raciais. Agora, tenho que inverter tudo isso“, explica a atriz, acreditando que a nova personagem despertará sentimentos díspares: terá o ódio do público, mas também vai garantir boas gargalhadas aos espectadores.
“Primeiro, eu entrei em crise. E, agora, estou me divertindo. Para mim, é muito novo. É difícil fazer gente ruim“, admite ela. “Mas a gente está numa boa época para fazer vilões. O povo está gostando, não estamos mais apanhando nas ruas. Espero que eu dê conta“, conclui Grazi, focada em sua mais nova missão.