Celebridade
Claudia Raia fratura o tornozelo durante apresentação e médico explica diferenças entre entorse e fratura

Durante uma apresentação da peça Cenas da Menopausa, a atriz Claudia Raia sofreu uma fratura no tornozelo esquerdo após um acidente no palco. A artista precisou cancelar as apresentações que fariam parte da turnê. Nas redes sociais, a veterana contou que inicialmente acreditou se tratar de algo simples. “Sofri uma entorse no tornozelo esquerdo, no sábado à noite, em Goiânia, quando estava fazendo o Cenas da Menopausa, e achei que era apenas uma entorse. Fizemos uma ressonância e descobrimos que tem uma fratura na fíbula. Pequena, porém total impedimento que eu faça o espetáculo essa semana em João Pessoa”, relatou.
O caso reacendeu a discussão sobre como diferenciar uma entorse de uma fratura, já que, em muitos casos, os sintomas são semelhantes. Para esclarecer as principais dúvidas, o ortopedista Carlos Cedano explica que a gravidade da lesão nem sempre é fácil de identificar apenas pelo exame físico.
Entorse ou fratura?
Segundo Cedano, nos casos de entorse do tornozelo, é possível ter uma lesão de ligamentos, que pode ser parcial até total. Ele destaca ainda que o quadro pode ser mais complexo do que parece. “Podemos ter também uma fratura, uma lesão de tendões ou mesmo uma combinação dessas lesões”, explica.
De acordo com o especialista, diferenciar uma entorse com lesão ligamentar de uma fratura pode ser bastante difícil, inclusive para profissionais da área. “O leigo e mesmo o médico não especialista em ortopedia terão dúvidas para o diagnóstico ao exame físico, e mesmo o ortopedista irá recorrer a exames de imagem para confirmar suas suspeitas”, afirma Cedano.
O papel dos exames de imagem
A maioria das fraturas é detectada em radiografias, mas, segundo Cedano, em alguns casos será necessária uma tomografia computadorizada ou ressonância magnética — especialmente quando há suspeita de lesão ligamentar ou de tendões. “Pela dificuldade diagnóstica e risco de deixar uma lesão mais grave passar despercebida, recomenda-se sempre que houver uma entorse com dor forte ou limitações para movimentar, caminhar ou apoiar o pé, que se procure um ortopedista para realizar exame clínico e de imagem”, orienta o médico.
Tratamento e recuperação
Cedano explica que o tratamento depende do tipo e da gravidade da lesão. “Fraturas do tornozelo sem desvio podem ser tratadas apenas com imobilização. Às vezes essas fraturas podem não ser visíveis no RX e só são diagnosticadas na ressonância ou tomografia”, diz.
Já as fraturas com desvio exigem intervenção cirúrgica. “Fraturas com desvio são evidentes ao RX e são de tratamento cirúrgico para restabelecer a posição normal dos ossos que compõem o tornozelo, evitando sequelas futuras”.
O médico reforça que o apoio do lado fraturado é permitido após cerca de seis semanas e que a fisioterapia deve ser iniciada após a retirada da imobilização, nos casos de tratamento conservador. Quando há cirurgia, o processo de reabilitação começa poucos dias depois do procedimento.
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