Celebridade
Clara Maia desabafa sobre perda de um dos filhos e médica orienta: ‘Cuidar do ambiente familiar’

Clara Maia vem passando por momentos difíceis nas últimas semanas. No último dia 21 de setembro, a influenciadora precisou passar por um parto de emergência e perdeu um de seus filhos gêmeos, Túlio, durante o parto. O outro bebê, Theo, está na UTI.
Ela usou suas redes sociais para explicar que os filhos tiveram STFF (Síndrome de Transfusão Feto-Fetal), uma condição grave que afeta gestações gemelares idênticas.
“Informações sobre o que aconteceu: Eles tiveram a STFF. A síndrome da transfusão feto-fetal é uma condição grave que afeta gêmeos idênticos que partilham uma placenta, causando um desequilíbrio no fluxo sanguíneo entre eles. Um feto, o doador, doa excesso de sangue, ficando desnutrido, enquanto o outro, o receptor, recebe demasiado sangue, sobrecarregando o coração. Ou seja, ambos entram em sofrimento, tanto quem doa quanto quem recebe”.
Acolhendo o luto
Sabemos que a perda de um filho é uma dor irreparável que precisa ser acolhida e tratada com calma. A CARAS Brasil conversou com a psiquiatra Dra. Maria Fernanda Caliani, que esclareceu quais tipos de apoio emocional ou psicológico são mais eficazes para pais que enfrentam a perda de um bebê ou criança pequena.
“O apoio mais eficaz começa pela validação da dor. Terapias de luto, grupos de apoio com outros pais enlutados e acompanhamento psiquiátrico, quando necessário, são recursos fundamentais. Também é importante cuidar do ambiente familiar: casais podem vivenciar o luto de formas diferentes, e isso exige respeito mútuo e comunicação”.
A psiquiatra também falou da importância de oferecer algum tipo de despedida – mesmo que seja simbólica.
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“Oferecer espaços simbólicos de despedida, como cartas ou rituais de homenagem, pode ajudar na elaboração do vínculo interrompido precocemente”.
Diferenciando a perda de um filho para outras perdas
A psiquiatra também disse que a perda de um filho pode ser descrita como uma dor que não tem nome. Representa uma inversão do ciclo natural da vida, que abala não apenas o emocional, mas também o sentido existencial dos pais. Por isso, eles precisam ser acolhidos pelos familiares e amigos.
“Esse tipo de luto tende a ser mais prolongado e marcado por sentimentos intensos de culpa, vazio e questionamento sobre o futuro. A intensidade da dor não significa que ela nunca irá diminuir, mas sim que o tempo de elaboração será mais longo, e que esse tipo de perda precisa de um espaço especial de acolhimento”, finalizou.
