Boticário inova e cria técnica inédita para nova fragrância

Como traduzir o aroma exato de uma flor ainda viva? Essa foi a pergunta que guiou anos de pesquisa nos centros de inovação do Boticário e que resultou na criação da Green In —uma técnica proprietária e inédita que promete transformar a forma como fragrâncias são concebidas.

A inovação combina ciência e sustentabilidade para capturar, com precisão, o “DNA olfativo” de flores vivas, sem danificá-las. Baseada no método Headspace, a técnica utiliza microextração em fase sólida e cromatografia gasosa para identificar as moléculas responsáveis pelo perfume natural das flores. O processo permite uma leitura fiel da essência da planta em seu estado mais puro.

A partir desse mapeamento, o perfumista do Boticário  César Veiga recriou acordes com o auxílio do nariz digital —uma ferramenta de alta precisão que já contribuiu para a formulação de mais de 100 fragrâncias da marca desde 2019— para nova assinatura olfativa da linha Floratta, que celebra seus 30 anos em 2025.

“Com a Green In, o Boticário reafirma seu compromisso com a inovação sustentável e reforça sua posição como protagonista no avanço tecnológico da perfumaria mundial. A técnica reflete nosso olhar para o futuro, em que ciência e natureza coexistem para criar experiências únicas e responsáveis”, afirma Gustavo Dieamant, diretor de Pesquisa & Desenvolvimento do Grupo Boticário.

O nascimento de uma nova assinatura olfativa

O Floratta Rose Bouquet foi desenvolvido a partir do Projeto Pequeno Príncipe, iniciativa que estudou o potencial olfativo de rosas cultivadas em diferentes regiões do Brasil, como Curitiba, Porto Alegre e Holambra (SP). Foi nesta última cidade que os pesquisadores encontraram as flores com maior intensidade aromática, que se tornaram base para o estudo.

Para complementar o buquê e equilibrar a composição, a gardênia foi escolhida após testes olfativos realizados no espaço Quintana Herbal —centro de pesquisa próprio do Boticário dedicado à criação de ingredientes exclusivos. Ambas as flores foram analisadas por meio da técnica Green In, que preserva a integridade da planta ao capturar seu aroma.

Com base nas moléculas coletadas, os perfumistas César Veiga e Natasha Côté (IFF) desenvolveram um acorde exclusivo, que se tornou a nova assinatura olfativa da linha. O resultado é uma fragrância com percepção ampliada de naturalidade e frescor —sensações que costumam se perder nos métodos tradicionais de extração. “Acreditamos que a natureza fala e que a ciência é o que nos permite escutá-la. Nosso desafio foi traduzir o perfume da rosa viva — não apenas o seu cheiro, mas o instante em que ela respira”, destaca Veiga.

Inovação e sustentabilidade como pilares da perfumaria

A sustentabilidade é um dos compromissos centrais do Boticário —inclusive na perfumaria. A marca utiliza eco-álcool, uma matéria-prima renovável, em 100% de suas fragrâncias, reforçando sua responsabilidade ambiental em toda a cadeia de produção.

Além disso, o Boticário foi pioneiro ao investir em neurociência aplicada à beleza com a criação do Neurolab, laboratório dedicado a estudar as respostas emocionais provocadas por suas criações olfativas. O Neurolab atua há anos em parceria com especialistas globais, colocando a ciência no centro da experiência sensorial.

A marca também é a única empresa de cosméticos brasileira a contar com um Centro de Pesquisa sobre o Olfato (CPO). Desde os anos 1990, aplica técnicas como o próprio headspace — que captura o cheiro de ambientes ou objetos — e desenvolve estudos sobre os efeitos emocionais das fragrâncias, antecipando tendências que só se consolidariam globalmente durante a pandemia.