Celebridade
Após os 40, Fernanda Lima reflete as inseguranças da maternidade tardia, e psicóloga perinatal faz alerta: ‘Intercorrências aumentam’

A maternidade tardia (geralmente considerada após os 35 anos) é uma realidade crescente no Brasil. Embora a maturidade e a estabilidade emocional sejam vantagens notáveis dessa fase, ela carrega consigo inseguranças específicas, que vão desde os riscos clínicos até o medo de ficar para trás profissionalmente, como relatado pela atriz Fernanda Lima. Para muitas mulheres com mais de 40 anos, a gravidez chega em um momento de pico da carreira, levantando dúvidas sobre a capacidade física, a energia para cuidar dos filhos e a eventual distância geracional.
A psicóloga perinatal Dra. Rafaela Schiavo, fundadora do Instituto MaterOnline, detalha quais são as inseguranças mais comuns da gestação tardia e como o planejamento pode ser a melhor ferramenta contra o medo.
Inseguranças e choque geracional
A Dra. Rafaela Schiavo lista que as inseguranças mais comuns em gestações após os 40 anos envolvem o medo biológico e o receio da energia. Há a preocupção de perda gestacional e o receio de que o feto não se desenvolva adequadamente, podendo apresentar alguma síndrome ou deficiência, já que é considerada gestação de risco. “As probabilidades dessas intercorrências aumentam”, aponta a especialista. Além dos riscos clínicos, surgem os questionamentos pessoais: “Muitas mulheres sentem esse medo, mas também podem ter pensamentos como: ‘Será que vou dar conta?’, ‘Será que me sinto mais cansada?’, ‘Será que tenho energia para brincar e lidar com as tarefas da maternidade?’”.
Sobre a diferença de gerações, a psicóloga esclarece que este é um processo natural e inevitável: “Os filhos sempre pertencem a outra geração. Sempre pensamos: ‘Na minha época era assim, agora é diferente’. Hoje vivemos a era da inteligência artificial… Cada geração enfrenta transformações culturais próprias. A adaptação a essas mudanças é inevitável, e os conflitos de gerações fazem parte desse processo”.
Medos e plnejamento
Durante sua participação no Pod Falar Lima revelou ter congelado óvulos aos 37, mas acabou não os utilizando para sua terceira gravidez, aos 42 anos de idade. Como bem mencionado por Fernanda Lima, a preocupação com a carreira e o receio de ficar parada durante a gestação é uma angústia frequente. A Dra. Rafaela Schiavo reconhece o sofrimento causado pelo medo de perder oportunidades, promoções ou viagens de trabalho por conta da gravidez.
“No caso da Fernanda, que mencionou medo de ser esquecida e de se sentir impotente enquanto gesta, essa é uma preocupação real. É um período em que, muitas vezes, a mulher precisa desacelerar”, afirma.
Para atravessar o período com mais segurança, a psicóloga sugere o planejamento como antídoto: “O que pode ajudar é o planejamento: pensar em formas de não ser esquecida. Por exemplo, manter uma rede social ativa, contar como está a gestação, planejar quanto tempo terá de licença-maternidade e como será o retorno às atividades” A palavra de ordem é a ação focada: “O segredo é planejar, estabelecer metas e executar”.
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