Celebridade
Após morte de Junior Dutra por procedimento estético, médica alerta: ‘Não pode ser culpado’

Na última sexta-feira, 03 de outubro, o influenciador Junior Dutra morreu após sofrer complicações associadas a um procedimento estético chamado Fox Eyes, que utiliza fios de PDO para elevar o olhar.
Junior sofreu algumas infecções e, recentemente, nas suas rede sociais, o influenciador acusou o responsável pelo procedimento de agir com imprudência de atuar como médico mesmo sendo dentista.
“Assim que eu fiz o procedimento, eu senti como se fosse uma veia estourada do lado esquerdo do rosto. Do lado direito estava tudo ok, mas no esquerdo eu sentia expulsando o fio”.
Entendendo o procedimento estético
A CARAS Brasil conversou com a dermatologista Dra. Luciana Maluf, que deu detalhes de como o procedimento estético, realizado por Junior, funciona. Segundo a especialista, a técnica não pode ser culpada como grande vilão pelo mal uso de profissionais de saúde.
“O PDO é um material extremamente compatível com o organismo humano e é usado há mais de 30 anos nas cirurgias para dar os pontos de sutura internos, sendo, portanto, amplamente estudado e seguro”.
A médica explica que os fios são absorvíveis e biodegradáveis. São os que menos fazem inflamação e, a longo prazo, deixam menos micro-cicatrizes na pele. Por isso, proporcionam resultados naturais e fisiológicos. “O fio vai sendo ‘invadido’ pela água do nosso corpo, vai ‘trincando’ e abrindo pequenas frestas ao longo da sua haste até quebrarem em pequenos pedaços e desaparecerem”.
A Dra. Luciana deixa claro que os efeitos de rejuvenescimento, vitalidade e embelezamento são cientificamente comprovados e trazem textura e brilho à pele.
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Riscos do procedimento
“Este procedimento, como todos os procedimentos estéticos, tem riscos de complicações e às vezes graves complicações; que se não identificadas com certa rapidez, pode levar à morte. A infecção por microorganismos da nossa própria pele ou por outros que trazem doenças graves é uma causa cada vez mais comum pela falta de limpeza e higiene com produtos “antissépticos” adequados antes de qualquer procedimento que tenha que “perfurar” a pele com uma agulha”, explica.
A dermatologista esclarece que, no Brasil, existem muitas marcas relacionadas ao produto do procedimento. Por isso, o profissional deve ter o cuidado de saber se a marca utilizada por ele é legalmente liberada pela ANVISA.
“Outro ponto importante é saber a origem de fabricação do fio em uso. Estando tudo regularizado, os profissionais devem fazem vários cursos práticos e estudar a fundo a teoria desta técnica, justamente para minimizar os eventos adversos. A curva de aprendizado não é simples e deve ser levada a sério”, finaliza.
