Celebridade
Ana Beatriz Nogueira desabafa sobre hábito e médico alerta: ‘Risco aumentado de desenvolver câncer’

A atriz Ana Beatriz Nogueira (57) relembrou como foi descobrir que tinha um tumor no pulmão. A artista descobriu o câncer em estágio inicial, no ano de 2021, e conseguiu retirá-lo em uma cirurgia. Hoje, ela está completamente recuperada.
Ana Beatriz Nogueira bateu um papo sincero com o jornal O Globo e revelou como descobriu o câncer de pulmão e desabafou sobre o hábito de fumar, onde confessou que, em alguns momentos, tem recaídas.
“Eu peguei muito cedo por causa de fazer exames. Eu fumante […] Eu tenho recaídas, eu parei tudo, não bebo, não nada, mas às vezes aquele cigarro que é prazeroso, eu não vou mentir, às vezes dou uma escorregadinha. O meu [câncer de pulmão] foi muito no ínicio por causa desses exames anuais que a gente faz. Apareceu uma suspeita numa chapa, ai fui fazer a tomografia e de um [exame] para o outro se confirmou”, declarou a atriz, no mês de setembro, em entrevista ao O Globo.
Saiba a opinião de um médico especialista
Para entender mais sobre o assunto, a CARAS Brasil entrevista o Dr. Elge Werneck Araujo Junior, médico oncologista formado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Barbacena (MG) com residência Médica em Oncologia Clínica no Hospital Felicio Rocho e Observer no Dana Farber Câncer Institute – Boston. Ele explica impacto do cigarro no diagnóstico de câncer de pulmão.
“Os cigarros, de todas as modalidades, sejam tradicionais, eletrônicos, charutos, de palha, marijuana etc podem caducar câncer de pulmão. Em toda eles há uma série de substâncias capazes de alterar o DNA celular, levando ao desenvolvimento do câncer”, declara.
Dados que chamam a atenção
O câncer de pulmão, segundo as estimativas 2023 do Instituto Nacional de Câncer (INCA), é o terceiro mais comum em homens (18.020 casos novos) e o quarto em mulheres no Brasil (14.540 casos novos) – sem contar o câncer de pele não melanoma. É o primeiro em todo o mundo em incidência entre os homens e o terceiro entre as mulheres.
O instituto ainda aponta que o cigarro é, de longe, o mais importante fator de risco para o desenvolvimento do câncer de pulmão. O Dr. Elge explica qual a relação: “Importante frisar que a nicotina causa dependência química, sendo uma das substâncias mais viciantes conhecidas, o que gera um ciclo repetido de exposição ao cigarro e com o tempo, o risco aumentado de desenvolver câncer”.
Qual a relação do cigarro e como abandonar este hábito?
Antes de tudo, é importante reforçar que o tabagismo é considerado uma doença crônica causada pela dependência da nicotina, classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O oncologista incentiva: “Estudos sugerem que após 10-15 anos de interrupção do tabagismo, o risco [de desenvolver câncer] pode retornar aos riscos semelhantes de um indivíduo não fumante”, finaliza o oncologista ao avaliar o caso da atriz.
Para quem deseja o tratamento desta condição, o Ministério da Saúde aconselha procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima onde o paciente poderá se inscrever no programa gratuito de cessação de tabagismo, que oferece acompanhamento profissional, grupos de terapia e, se necessário, medicamentos.
Se preferir, pode ligar para o número 136 (Disque Saúde) para obter informações sobre onde o tratamento está disponível em seu município.
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