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Celebridade

Alinne Moraes deixa fama de lado para viver sua essência: ‘Evito alimentar meu nome’

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Em entrevista exclusiva à Revista CARAS, a atriz Alinne Moraes afirma ser independente e sem vaidades por trás das câmeras

Luciana, Lívia, Sílvia, Clara, Moa… Alinne Moraes (42) é conhecida por suas inúmeras personagens. E é assim que ela gosta de ser lembrada, já que é discreta e leva a vida longe dos holofotes ao lado do marido, o cineasta Mauro Lima (57), e do filho, Pedro (11). A mais recente de sua lista de personas ficcionais é Jânia, de Guerreiros do Sol, trama do Globoplay, com a qual levanta temas que lhe são caros, como o feminismo.

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Quero personagens que, além de contar uma linda história e fazer a sociedade pensar, me mudem também. Precisa bater com meu momento, com o que tenho a dizer. Essa troca me faz crescer“, diz Alinne Moraes, que durante entrevista à Revista CARAS revelou a mulher que existe por trás de tantos papéis marcantes.

Foto: Vinícius Mochizuki | Assistentes de fotografia: Rodrigo Rodrigues e Josias Vieira | Edição de moda: Ale Duprat | Styling: Kadu Nunnes | Beleza: Vivi Gonzo | Alinne veste: 7 for all mankind, ideológic, ellus | Joias: Iarà Fiugêiredo

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Em Guerreiros do Sol você experimentou a prosódia pela primeira vez. Como foi, mesmo com tantos anos de TV, fazer algo novo?
Fiquei insegura, não só com a prosódia, mas com a cultura. Noventa e cinco por cento do elenco era nordestino, está no sangue, no olhar, nas atitudes. Não sou nordestina e fui chamada para dar vida a Jânia, voz das mulheres sertanejas. Foi um desafio. Tive responsabilidade e respeito, não queria fazer nada estereotipado.

O que você tem em comum com Jânia?
Nos esbarramos na força, na luta feminista. Não que eu lute à frente, mas me posiciono. A arte também é um ato político. Só fui me entender feminista depois que comecei a estuda um pouco mais. Não sabia que já era. Fui criada por duas mães solteiras e acho que nem minha vó e minha mãe sabiam que eram feministas. Duas mulheres independentes, que sempre buscaram prazer nas suas conquistas, amizades, no trabalho e que nunca dependeram de homem, então foi muito natural para mim.

Guerreiros do Sol mostra que era difícil ser mulher em 1920, 1930. Como é hoje?
Avançamos muito, graças a mulheres que lutaram lá atrás. Tem quem não acredite, quem faz pouco caso do feminismo, mas a história está aí, é só estudar e entender que nós não seríamos nada, apenas objeto, propriedades do homem. Ao mesmo tempo, ainda tenho medo de andar na rua, sozinha à noite. Esse é um medo que permeia todas nós. Piadas, dizerem o que a gente deve ou não fazer, principalmente com nosso corpo e abusos de todos os tipos ainda existem. Mas a internet está aí, estamos mais próximas umas das outras. Acho que agora os avanços serão mais rápidos.

Como cria o Pedro?
Converso com ele sobre empatia, respeito às mulheres, mostro filmes, documentários. Meu marido também é feminista e isso facilita. Parte da vida passei com duas mulheres e agora são dois homens em casa. Isso me preenche. E só um homem como Mauro para conseguir estar comigo. Sempre fui independente, então tem que ser um homem seguro, que não tenha medo.

Independência assusta?
Assusta! Muitos homens têm medo da potência feminina. Quando era solteira, os homens não chegavam e os que se aproximavam ficavam assustados com minhas conquistas, pensamentos, sonhos, meu jeito de ser. Achei que não fosse encontrar minha metade, mas é possível! Porque quando você tem clareza, você vai vendo o que não é bom. Nunca perdi muito tempo, entendi que não vou mudar ninguém.

Por que recusou o convite para a novela Três Graças?
Amo fazer novela! Mas para fazer são nove, oito meses no ar e já começa quase quatro meses antes. Você faz as malas e se despede dos amigos, da família e fica internada nos Estúdios Globo. Tem o domingo de folga, que é para decorar os textos. A imunidade cai, você fica sensível, então tem que estar preparada. Fora que você deixa de fazer outras coisas. A gente vai pesando tudo. Vou estrear uma peça no final do ano, se estivesse na novela, não conseguiria fazer. E também tinha outras coisas, como o Pedro, por exemplo, que está na última infância dele, chegando à adolescência. Não quero perder esse momento. Já trabalhei muito nesses 11 anos com ele, mas sempre dando pausa. É importante para respirar, se inspirar.

Você trabalha desde os 13 anos, já conquistou tanta coisa!
Poderia estar praticamente me aposentando, mas minha carreira tem longevidade. Posso estar com 90 anos em cima do palco, como a Fernanda Montenegro. Então, para que correr? Tem coisas importantes na vida, não é só trabalho. Quando era mais nova, vivia para poder trabalhar, porque trabalhar também era minha formação. Agora trabalho para viver, curtir, fazer um bom trabalho.

Estar em evidência não te realiza?
Se o meu trabalho estiver em evidência, fico feliz, porque quer dizer que meu esforço fez diferença. Mas evito alimentar o meu nome, porque acho que quanto mais você se expõe, vai ficando famosa —e não seu trabalho. O mais valioso é a minha privacidade. Se alimento esse lado famosa, ele não permite que eu esteja na padaria de chinelo e próxima do meu instrumento de trabalho, que é o ser humano. Sendo famosa, já é difícil estar ali, admirando a mesa do lado e observando a senhora falando com a filha. São coisas que me alimentam como atriz. Quanto mais famosa sou, menos consigo observar e mais vou ser observada.

Seu trabalho é ser atriz e não ser famosa…
É isso. Quando me veem na rua, às vezes, não sabem meu nome, e falam: ‘Não é aquela atriz que fez a tetraplégica?’. Eu adoro isso! Elas que têm uma grande história para contar, a minha não tem necessidade.

Ao não se expor nas redes sociais, você deixa de ganhar dinheiro. Vale o preço?
Tive sorte, porque quando comecei a trabalhar como modelo, fora do Brasil, minha mãe largou tudo para estar comigo e ela cuidou de tudo. Depois, como atriz, fiz muita publicidade, então tenho um pé de meia e posso me dar esse luxo de me preservar. Tenho amigas artistas que não tiveram essas oportunidades e, infelizmente, têm que se expor.

Essa discrição permite que o Pedro tenha uma vida normal?
Totalmente. Às vezes, não é só porque as pessoas não me reconhecem na rua ou não sabem meu nome, mas, às vezes, as pessoas não me reconhecem porque esperam aquela Alinne, montada ou a personagem, com a maquiagem, cabelo, roupa. Vejo no olhar delas que elas se decepcionam. Porque eu não sou aquilo. Adoro me caracterizar, contar uma história, viver personagens, mas eu, no dia a dia, sou moleca, de chinelo, cabelo preso, óculos de grau. E isso ajuda o Pedro, porque ele sabe diferenciar, ali é trabalho e aqui é minha mãe.

A beleza abriu portas, mas você construiu sua história…
Foi difícil, né? Na época de Viver a Vida, uma professora falou assim: ‘Nos seus outros trabalhos davam um close e a gente esquecia a história, o que você estava falando e só ficava olhando seu rosto. Nessa personagem sua beleza sumiu, não vejo mais você, vejo a Luciana’. Olha que loucura! Beleza abre portas, óbvio, mas quando você está contando uma história, ela tem que praticamente desaparecer, a vida da personagem tem que falar mais alto. Entre um ‘como você está linda nessa cena’ e ‘me emocionou’, eu prefiro a segunda.

O tempo pesa mais para a mulher, ainda mais na sua profissão. Como lida com isso?
A beleza vai embora, com certeza, e está tudo bem. Não é isso que fica, são outras coisas que são tão lindas quanto. Isso é um problema antigo, de achar que um homem de 50 anos é lindo e uma mulher de 50 já foi. Isso para mim nunca existiu. Sigo mulheres de 70, de 80, acho elegantérrimas. Isso é coisa da nossa sociedade. A gente só sonha até os 30, aos 40 a gente já tem que estar com tudo resolvido e não é por aí. Com 60 anos você pode começar uma nova profissão, uma nova vida.

Quais os seus sonhos aos 42?
Produzi uma peça na vida e gostaria de fazer mais. Levantar peça no Brasil é sempre um desafio. Não estou produzindo, mas faço uma peça, entre o final do ano e o começo de 2026, chamada Deus da Carnificina. Gravo uma série da Disney+ em fevereiro e tenho um filme com o Mauro, Cemitério de Aviões, para junho ou julho. Meus sonhos são esses e, mais para frente, acho que mais filmes, peças. Fiz muitos filmes, só que sempre fui a mulher do Edu no Fica Comigo Esta Noite, a mulher do Homem do Futuro… Tudo bem que atrás de um grande homem sempre tem uma grande mulher. Mas temos que mudar a narrativa e eu espero tanto, porque são milhões de histórias para todas nós, atrizes, contarmos.

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