Música
A única pessoa que faria Phil Rudd voltar para o AC/DC

Phil Rudd foi o baterista mais importante e longevo do AC/DC. O australiano entrou para a banda em 1975, saiu em 1983 e retornou em 1995. Ainda é listado como membro oficial, mas sua presença na última década se tornou inconstante.
Em 2015, Rudd foi afastado da turnê que promovia o álbum Rock or Bust — embora tenha tocado no disco de 2014 — em função de acusações judiciais de planejar assassinato e porte de drogas, das quais se livrou em maioria. Chris Slade o substituiu nesta ocasião. Ele voltou a tocar em estúdio com os colegas no álbum Power Up (2020), mas a série de shows marcada em seguida trouxe Matt Laug em seu lugar.
Será que existe alguma chance de Phil voltar a se apresentar com o AC/DC, algo que ele não faz desde 2010? Ao responder a esta pergunta em entrevista à Stuff, ele refletiu, inicialmente, sobre seus diferentes sentimentos ao ficar fora das atividades do grupo.
“Houve um tempo em que pensei que era o fim do meu mundo [estar fora da banda]. Eu só conhecia a vida com o AC/DC. Aquelas pessoas que eu achava que me amavam como um irmão, hoje, nem sequer atenderam o telefone.”
A ocasião foi aproveitada por Rudd para fazer um elogio a Bon Scott, vocalista dos primeiros álbuns, falecido em 1980.
“Para mim, o AC/DC sempre foi o Bon. Meu álbum favorito é Highway to Hell (1979). Minha música favorita é dele: ‘Touch Too Much’. Quando o Bon morreu, mesmo no AC/DC eu me senti sozinho. Mas eu nunca estive sozinho. As pessoas que gostam da música sempre me emocionam e me deixam feliz.”
Retomando o questionamento inicial, Phil deixa o futuro em aberto. No entanto, expõe que só aceitaria se reunir com os colegas em prol do público — e, especialmente, da memória de Bon.
“As pessoas sempre me perguntam se eu vou tocar com o AC/DC novamente. As únicas pessoas por quem eu faria isso seriam os fãs. E pelo Bon. Eu faria isso pelo Bon.”
Phil Rudd e AC/DC
Nos últimos tempos, Phil Rudd realizou raras aparições públicas. Sua performance mais recente ocorreu em julho último, na Spark Arena em Auckland, Nova Zelândia, como parte da Full Metal Orchestra — um espetáculo que alia rock e música clássica. Na ocasião, tocou, claro, músicas de sua antiga banda.
Por sua vez, o AC/DC segue com Brian Johnson nos vocais, Angus Young e seu sobrinho Stevie Young nas guitarras, Chris Chaney (Jane’s Addiction, Alanis Morissette etc) no baixo substituindo o aposentado Cliff Williams e Matt Laug (Alanis Morissette, Alice Cooper, Slash’s Snakepit etc) na bateria.
O retorno do AC/DC aos palcos, pela primeira vez em 7 anos, ocorreu durante o festival Power Trip em outubro de 2023. Desde então, a banda realizou 52 shows distribuídos entre este ano e o passado, com viagens por Europa, América do Norte e Oceania.
Especula-se que o grupo retorne ao Brasil em 2026 para se apresentar. Caso ocorra, será a quarta visita da banda ao país, sucedendo 1985 (como parte do Rock in Rio), 1996 e 2009.
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