Música
A música do Queen mais complexa que ‘Bohemian Rhapsody’, segundo Brian May

A música “Bohemian Rhapsody”, presente no clássico álbum A Night at the Opera (1975), é comumente citada como o ápice inventivo e artístico do Queen. As mudanças de andamento, os vocais dramáticos de Freddie Mercury e a parte operística do meio são alguns dos elementos que embasam essa tese.
Para o guitarrista Brian May, no entanto, a canção foi uma continuação natural do que a banda inglesa já vinha fazendo em composições específicas dos discos anteriores. Ele reconhece a grandiosidade de “Bohemian Rhapsody”, claro, mas considera que não se trata de algo feito da noite para o dia em um surto criativo.
Para justificar seu ponto de vista, Brian cita outras duas músicas anteriores a “Bohemian Rhapsody”. São elas: “My Fairy King”, do disco de estreia, e “The March of the Black Queen”, do Queen II (1974).
Na nova edição da revista Classic Rock, em celebração aos 50 anos de A Night at the Opera, o guitarrista reflete a respeito:
“As pessoas têm dificuldade em entender o quão natural ‘Bohemian Rhapsody‘ foi para nós. Se você olhar para o primeiro álbum, verá ‘My Fairy King’, que é muito complexa e varia bastante.”
Em seguida, May elege a que considera uma canção ainda mais intrincada do que “Bohemian Rhapsody”:
“E então temos ‘The March of the Black Queen’ no segundo álbum, que é extremamente complexa. É muito mais complexa do que ‘Bohemian Rhapsody’.”
O guitarrista do Queen arremata:
“Então, não foi uma grande surpresa para nós. Era simplesmente: ‘Vamos fazer mais uma dessas coisas’.”
Freddie Mercury sobre a complexa música do Queen
Na época do lançamento, Mercury também ressaltou a complexidade de “March Of The Black Queen”. Durante entrevista de 1974 à Melody Maker (via Queen Net), o cantor afirmou:
“‘The March of the Black Queen’? Eu precisei de séculos de trabalho.”
Ele acrescentou:
“Levei uma eternidade para terminar essa música. Eu queria dar tudo de mim, ser autoindulgente ou algo assim.”
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