A letra dos Raimundos que arrancou muita risada de Rodolfo recentemente

Apesar de não se ver mais cantando as músicas dos Raimundos, Rodolfo Abrantes, antigo vocalista e guitarrista da banda, ainda dá boas gargalhadas com elas. Ou pelo menos com uma em específico.

Durante entrevista ao podcast Ticaracaticast (via TMDQA!), o cantor — que deixou o grupo há quase 25 anos para trilhar o caminho da religião e se tornar pastor evangélico — disse que quase “vomitou de rir” ao relembrar uma das canções lançadas no álbum Só no Forevis (1999), no auge comercial da banda. Trata-se da música “Pompem”.

Rodolfo contou, inicialmente, qual foi o contexto que o levou a revisitá-la:

“Um dia desses, um cara me mandou um corte no Instagram e me marcou. Era ele cantando uma música dos Raimundos, que eu não lembrava, porque eu não lembro. Se eu tivesse que cantar uma música inteira do Raimundos hoje eu ia pagar mico, porque eu não lembro.

Ele continuou:

“Aí, o cara me mandou essa música que chama ‘Pompem’, eu não me lembrava dela. Eu busquei a letra e, sério, eu quase vomitei de tano rir. Eu tive uma crise e falei: ‘meu irmão, que coisa louca’. Tipo assim, eu entendo que é engraçado, mas a carga que eu coloquei naquilo… Sabe aquela rua que você levou um pau e ficou em coma? Volta lá de novo umas dez vezes por semana, espiritualmente.”

Raimundos e “Pompem”

“Pompem” narra a “história” de uma garota da cidade que vai morar no “mato” e acaba se impressionando com a variedade de “cobras”. A música, calcada no humor “5ª série” de duplo sentido, recorre a versos como:

“Menininha da cidade foi pro mato e se soltou
Levou tanta picada, ficou cheia do calor (…)
Menininha da cidade foi pro mato e se mudou
Casou com um borrachudo desde o nome ela gostou
Caiçara da mais doida, dos cabelo cheio de nó
Trocou a vida moderna, não larga mais do cipó”

O refrão diz:

“Entra na peia. Ajoelhou, vai ter que rezar
Deita na teia, aranha malvada, que vai me devorar”

Rodolfo Abrantes não voltaria para a banda

Na mesma entrevista, Rodolfo explicou o motivo pelo qual sequer cogita voltar aos Raimundos, mesmo podendo ficar “rico do dia pra noite”:

“Eu não ia conseguir olhar no espelho. (…) O Raimundos não é uma banda que eu abandonei, é uma vida que eu deixei. E eu sangrei pra deixar. Custou sangue, primeiro do meu Deus.”

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