Música
A fortuna que o mercado musical movimentou no Brasil em 2024

A Associação Nacional da Indústria da Música (Anafima) apresentou um estudo chamado “O PIB da Música no Brasil” que revela, dentre outros números, o quanto o mercado musical movimentou no país em 2024.
De acordo com o levantamento, o setor fez girar R$ 116 bilhões na economia brasileira somente no ano passado. A maior fatia (R$ 94 bilhões) desse bolo vem de shows e apresentações ao vivo.
Em seguida aparecem: compra e venda de equipamentos de áudio (R$ 13,9 bilhões), gravação de músicas e discos (R$ 3,4 bilhões), fomento público (R$ 2,6 bilhões) e direitos autorais (R$ 1,8 bilhões).
O PIB da música no Brasil:
- Shows ao vivo: R$ 94 bilhões
- Compra e venda de equipamentos: R$ 13,9 bilhões
- Música gravada (discos e streaming): 3,4 bilhões
- Fomento público: R$ 2,6 bilhões
- Direitos autorais: R$ 1,8 bilhão
De acordo com Daniel A. Neves, presidente da Anafima, o setor está em expansão, mas ainda pode ser ampliado consideravelmente se receber mais incentivo fiscal e investimento.
Ele explica (via UBC):
“O mercado da música é tão importante quanto qualquer outro grande mercado. Muitas vezes, nosso setor é considerado hobby, entretenimento, algo menor. Com este estudo, esperamos conseguir direcionar o olhar para uma indústria fundamental, e que ainda recebe muito pouco investimento em relação ao PIB.”
A força do streaming
No âmbito da música gravada, o streaming aparece atualmente como principal produto de consumo, correspondendo a 87% dos R$ 3,4 bilhões gerados nesse segmento. Dentre as plataformas disponíveis no país, o Spotify lidera o mercado, com 60,7% de participação.
Esses números posicionam o Brasil como um dos 10 maiores mercados mundiais no que se refere a consumo de streaming (via Folha de S. Paulo).
Compositor ainda recebe pouco
Um aspecto preocupante apontado pelo estudo é que o compositor ainda aparece com uma fatia muito pequena do lucro nessa cadeira produtiva.
Dos R$ 3,4 bilhões gerados com música gravada no Brasil em 2024, apenas R$ 250 milhões foram para os bolsos de quem cria as canções — ou seja, recebe direitos autorais.
Ao Globo, Daniel A. Neves alertou:
“O artista, o compositor ou o intérprete de uma música não é recompensado como deveria. Por mais que exista a expressão ‘economia criativa’, a música ainda não é compreendida como economia. O artista precisa ser mais valorizado no Brasil”.
Concentração por região
O estudo foi apresentado pela Anafima no evento Conecta + Música e Mercado, em São Paulo, na última quinta-feira, 18.
Ele também escancara que o Sudeste concentra a maior fatia do mercado fonográfico nacional, com 53% de participação no número de empresas.
Concentração do mercado fonográfico:
- Sudeste: 53%
- Sul: 17,4%
- Nordeste: 17,2%
- Centro-Oeste: 8,6%
- Norte: 4%
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