Celebridade
Mansão de R$ 108 milhões de atriz que morreu misteriosamente há 16 anos empacou no mercado

Há exatos 16 anos, a morte de Brittany Murphy (1977-2009) chocava Hollywood e dava início a um dos casos mais intrigantes da indústria do entretenimento. A atriz, que tinha apenas 32 anos e vivia o auge de uma carreira marcada por versatilidade e carisma, foi encontrada inconsciente em sua casa, em Los Angeles, em 20 de dezembro de 2009. Até hoje, as circunstâncias de sua partida seguem cercadas de dúvidas — assim como o destino da mansão onde tudo aconteceu, avaliada no ano passado por R$ 108 milhões.
Na manhã daquele domingo, o Corpo de Bombeiros de Los Angeles foi acionado após uma chamada feita do telefone do marido da atriz, o roteirista Simon Monjack (1970-2010). Brittany foi encontrada desacordada no banheiro pela mãe, Sharon Murphy, e levada ao hospital Cedars-Sinai Medical Center, onde teve a morte confirmada às 10h04. O laudo oficial apontou pneumonia não tratada, agravada por anemia severa e uso de medicamentos legais. A ausência de drogas ilícitas, no entanto, levantou questionamentos desde o início.
O mistério se aprofundou ainda mais cinco meses depois, quando Simon Monjack foi encontrado morto na mesma casa, com causas praticamente idênticas: pneumonia aguda e anemia profunda. A coincidência alimentou teorias que atravessaram os anos, incluindo suspeitas de envenenamento por metais pesados — hipótese levantada por exames independentes solicitados pelo pai da atriz, Angelo Bertolotti (falecido em 2020)— e até possíveis condições insalubres na residência, como mofo tóxico, posteriormente descartado pelas autoridades.
Em 2020, o caso voltou aos holofotes com um documentário do Investigation Discovery, que reuniu especialistas e familiares e sugeriu falhas graves nos cuidados médicos da atriz. O pai de Brittany chegou a afirmar publicamente acreditar que a mãe da artista e o marido teriam algum envolvimento nas duas mortes — alegação sempre negada por Sharon Murphy.
Carreira
Apesar da tragédia, Brittany Murphy deixou uma trajetória marcante no cinema. Nascida em Atlanta, em 1977, ela conquistou fama mundial ao interpretar a adorável Tai em “As Patricinhas de Beverly Hills” (1995). A partir dali, construiu uma carreira sólida, com atuações elogiadas em filmes como “Garota, Interrompida”, “8 Mile”, “Recém-Casados”, “Uptown Girls” e “Sin City”. Também se destacou como dubladora em “King of the Hill” e surpreendeu no universo musical ao emplacar o hit “Faster Kill Pussycat”, ao lado do DJ Paul Oakenfold (62).
Assista a um trecho de Brittany Murphy em 8 Mile ao lado de Eminem:
Mansão ‘azarada‘
Paralelamente ao legado artístico, outro capítulo sombrio permanece ligado ao nome da atriz: a mansão onde viveu seus últimos anos. Localizada em Hollywood Hills, a propriedade de seis quartos, nove banheiros e cerca de 870 metros quadrados voltou ao mercado imobiliário no ano passado avaliada em US$ 18 milhões, o equivalente a cerca de R$ 108 milhões. Mesmo após reformas e uma redução no valor pedido, o imóvel segue sem comprador.
A casa, que já pertenceu a Britney Spears (44) antes de ser adquirida por Brittany em 2003, carrega um histórico considerado “azarado” por antigos moradores. Em entrevistas, Simon Monjack chegou a afirmar que a atriz não gostava da mansão e implorava para se mudar, descrevendo o local como carregado de más energias. Relatos posteriores de familiares e ex-funcionários alimentaram ainda mais a aura sombria em torno do imóvel.
Hoje, 16 anos após sua morte, Brittany Murphy segue lembrada não apenas pelo talento precoce interrompido de forma abrupta, mas também por um mistério que atravessa gerações — e por uma mansão luxuosa que, apesar do glamour, parece carregar um peso difícil de ser esquecido.

