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Começo do fim de ‘Stranger Things’ joga seguro com 4 episódios efetivos

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Se um dos maiores desafios para uma série sobreviver e fisgar o público é fazer um episódio piloto tão bom quanto convincente, as produções televisivas encontram o mesmo obstáculo na temporada final, porque tem que amarrar as tramas, encerrar ciclos e trazer um desfecho que seja satisfatório e, é claro, criativo.

Stranger Things passou justamente por isso em 2016, quando a primeira temporada estreou no catálogo da Netflix. Afinal, quais as chances de um seriado feito por dois cineastas (os irmãos Matt e Ross Duffer) desconhecidos e sem currículo sobreviver? Bom, a produção, que conta a história de um grupo de amigos carismático que enfrenta desaparecimentos e acolhem uma garota com superpoderes, foi um enorme sucesso logo no primeiro ano e se tornou um dos grandes marcos da cultura pop nesses últimos 10 anos.

Nas temporadas seguintes, a base de fãs e números de audiência começaram a crescer cada vez mais. A segunda temporada não foi tão elogiada quanto a anterior, mas a terceira trouxe uma nova estética, com mais cores, e consequências maiores para os personagens. Já a quarta temporada representou o auge da popularidade da série, especialmente com a introdução do tenebroso e brutal vilão Vecna/Henry, com uma ótima atuação de Jamie Campbell Bower.

“Foi muito empolgante. Claro que minha reação inicial foi ‘ah!’, e depois eu pensei: ‘Meu Deus! Agora eu realmente tenho que fazer isso’. Eu sempre digo que senti um grande senso de cuidado e dever com a série, com o Matt e Ross, com o elenco, com a equipe”, afirmou o ator britânico em entrevista à Rolling Stone Brasil. “Foi incrível”.

A quinta temporada começa alguns meses após os intensos acontecimentos da quarta temporada. Hawkins está em quarentena, com intervenção do exército no portal para o Mundo Invertido que Vecna abriu após deixar Max (Sadie Sink) em coma. Hopper (David Harbour), Joyce (Winona Ryder), Lucas (Caleb McLaughlin), Mike (Finn Wolfhard), Will (Noah Schnapp), Dustin (Gaten Matarazzo), Steve (Joe Keery), Nancy (Natalia Dyer), Jonathan (Charlie Heaton) e Robin (Maya Hawke) continuam se preparando para, possivelmente, enfrentar o vilão novamente enquanto se certificam que ele realmente morreu.

A escala está maior, os perigos e riscos, também. Mas será que os quatro primeiros episódios colocam isso em prática? Na realidade, não.

Apesar de não correr grandes riscos, os capítulos iniciais funcionam ao situar o espectador sobre a situação de cada personagem, dos principais aos coadjuvantes, enquanto desvenda o paradeiro de Vecna e da exploração do Mundo Invertido pelo exército dos Estados Unidos.

As atuações também mantém os padrões das outras temporadas, com bons desempenhos do núcleo principal. A maior diferença é com Dustin, que continua de luto pela morte de Eddie Munson (Joseph Quinn) e está mais distante do grupo de amigos, e a atuação de Gaten Matarazzo se destaca com essa nova fase do personagem, que se envolve em brigas e discussões variadas. Isso sem contar, claro, da ótima química entre ele e Steve, cujas discussões parecem ser feitas por um casal que está junto há pelo menos 30 anos.

Onze está focada na questão de treinar e melhorar seus poderes, com apoio de Joyce e a superproteção de Hopper. Steve e Robin fundaram uma rádio para entreter Hawkins durante o isolamento — e aproveitam para mandar mensagens secretas para os amigos antes das expedições no Mundo Invertido.

Um ponto de foco no começo da quinta temporada é o triângulo amoroso SteveNancyJonathan, que fica mais intenso antes das cenas vitais relacionadas às criaturas do Mundo Invertido começarem a acontecer.

Ou seja, apesar de Hawkins ter sido dividida ao meio e ter intervenção do exército, o foco maior da season é em desenvolver seus protagonistas, focando no desenvolvimento de cada um do que a nova rotina e dinâmica na cidade — algo que seria bacana de ser explorado.

Os quatro episódios mantém o bom padrão da série em contar uma história interessante com seus personagens icônicos e carismáticos, mas poderia se aprofundar melhor com consequências e riscos, visto que o Vecna só brilha na parte final. Fica um gosto de quero mais para o encerramento da história, que promete ser brutal.

Como Jamie Campbell Bower adiantou à Rolling Stone Brasil, a leva final da temporada será surpreendente: “Não. Fica. Mais. Fácil.”

+++LEIA MAIS: Como ‘Stranger Things’ levou Kate Bush ‘de volta para o futuro’ em 2022

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