Celebridade
Coragem e ousadia marcam a trajetória de Pedro Alves: ‘É um presente e um privilégio de poucos’

O ator Pedro Alves (32) estava trabalhando como babá na capital francesa, Paris, quando recebeu um telefonema para um teste bem diferente: dar vida a um vampiro! Sem pensar duas vezes, foi lá, fez o teste e passou! Em Vermelho Sangue, nova série do Globoplay, Pedro pôde viver tudo que um vampiro tem direito e se divertiu diante do desafio.
Criado na Bélgica e atualmente no elenco da global Dona de Mim, ele fala da riqueza das experiências pelo mundo e da força da diversidade. “Uma mente fechada culturalmente é uma mente pequena”, diz ele, em papo exclusivo com CARAS.
– Como foi fazer parte de uma série sobre vampiros?
– Vivi os seis meses mais intensos, desafiadores e surpreendentes da minha vida. Ser vampiro é um sonho distante de qualquer ator, te dá o privilégio de fazer cenas que a maioria dos atores brasileiros nunca fizeram e nunca farão na vida. Interpretei um jovem de 230 anos— voei, pulei do alto dos prédios, corri com hipervelocidade, bebi sangue cenográfico e realizei, pela primeira vez na minha carreira, cenas de sexo. Vampiros se transformaram em sinônimo de sensualidade e isso é presente na série.
– O que esperar da série?
– A história é potente, os personagens carismáticos. É daquelas histórias que você vai chorar, gritar, se emocionar, se apaixonar e maratonar. Só de falar eu me arrepio! É uma história sobre amor e pertencimento. Para que o amor prevaleça, é preciso lutar contra os vilões e isso tem um custo alto. Teremos vilões inescrupulosos, efeitos de tirar o fôlego, cenários belíssimos, figurinos riquíssimos e cenas jamais vistas na TV brasileira.
– O que carrega de mais importante da Bélgica e do Brasil?
– Nasci no Brasil e imigrei para Bélgica pequeno — pela força de uma mulher brasileira. Ter duas nações em mim é o maior presente de coragem e força da minha mãe. Consegui absorver o lado bom de cada país. Tenho a pontualidade, a rigidez com regras e a sinceridade belga e também tenho a amorosidade, a diversidade e a força de um brasileiro. Isso é um presente e um privilégio de poucos. Quanto mais culturas e mais línguas, mais contato com o mundo nós temos. Uma mente fechada culturalmente é uma mente pequena. Viver rodeado de culturas e línguas me abre para inúmeras possibilidades e compreensões do ser humano.
– Mais do que nunca, os imigrantes sofrem represálias ao redor do mundo. Como você percebe esse momento político?
– Imigrantes são os que produzem riqueza. Tire os imigrantes da Europa e dos EUA e a economia para. Aliás, são todos imigrantes lá, né?! Estadunidense mesmo só os indígenas, que historicamente são povos originários. Obviamente que temos que ter regras, mas as pessoas não são ilegais por prazer, e sim por necessidade. E aprendi sobre a importância de se adaptar ao país que você está. Não adianta querer impor minha cultura em um país que não a compreende.
– Em Dona de Mim, você vivea um personagem gay. Qual a importância desse papel?
– Pessoas LGBT existem, então nada mais justo e importante que elas sejam retratadas na TV. O Brasil é lindo pela diversidade e essa diversidade é linda.
– Qual sonho busca realizar?
– Tenho medo de revelar meus sonhos porque eles são grandes demais. Estar falando contigo sobre os meus personagens já é um sonho, os outros, deixo a vida se encarregar de te contar!

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