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Música

Grammy Latino 2025: Os melhores, piores e mais surpreendentes momentos

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Todo ano, o Grammy Latino entrega algo um pouco diferente — e os espectadores nunca sabem exatamente o que esperar. Essa costuma ser a beleza da cerimônia, sempre cheia de altos e baixos e uma tonelada de surpresas.

Embora edições anteriores tenham sido criticadas por parecerem estagnadas ou desconectadas do estado atual da música latina, em 2025 deu para sentir que a Academia e os organizadores da transmissão acertaram em cheio. A cerimônia passou voando, com transições rápidas, performances que nunca se estenderam demais e uma apresentação sólida de Maluma e Roselyn Sanchez. Até os vencedores acertaram o tom: claro, houve momentos surpreendentes que pareciam tipicamente Grammy Latino, como quando Alejandro Sanz derrotou Bad Bunny em Gravação do Ano. Mas houve muito amor entre as gerações, com quem mais venceu na noite sendo Bad Bunny e Ca7riel & Paco Amoroso, que realmente pareciam capturar o zeitgeist deste ano.

Ver Bad Bunny finalmente reconhecido no Grammy Latino também foi significativo, já que ele nem sempre recebeu esse carinho. Ele costuma ser indicado várias vezes, mas nem sempre ganha; então vê-lo levar Álbum do Ano pelo comovente e silenciosamente poderoso DeBÍ TiRAR MáS FOToS pareceu a decisão certa. Aqui está mais do que funcionou, do que não funcionou e do que veio totalmente do nada no Grammy Latino, segundo Rolling Stone.

Melhores momentos do Grammy Latino 2025

Los Tigres Del Norte defendem os latinos
Claro que seriam Los Tigres del Norte os responsáveis por fazer uma poderosa declaração política, defendendo os latinos neste país no palco do Latin Grammy. As lendas da música mexicana — que já haviam ganhado dois prêmios pelo EP Lotería mais cedo na noite — se apresentaram diante de uma tela exibindo imagens de latinos protestando por direitos de imigrantes, placas de travessia de imigrantes e trechos de famílias celebrando e estudantes se formando — um lembrete vívido do profundo impacto que os imigrantes têm neste país. Hernán Hernández empunhou sua guitarra característica, adornada com as bandeiras de todos os países da América Latina, enquanto Jorge caminhava pelo palco apontando para o público — onde estavam Gloria Estefan, Ca7riel & Paco Amoroso e Karol G — que assistia atentamente. “Sempre parte o coração deixar sua pátria / Porque a árvore já não oferece uma boa sombra”, cantou Jorge. Eles foram os únicos da noite a fazer uma declaração política direta — e deixaram uma forte impressão. Que venham mais assim. —T.M.

Os duetos entregaram tudo
Houve algumas vezes em que certos duetos no Latin Grammy nos deixaram coçando a cabeça (ainda pensamos em Bon Jovi e Pitbull no ano passado). Felizmente, a maioria das performances e fusões no palco foram uma grata surpresa em 2025: Karol G e Marco Antonio Solís pareceram uma forma elegante de reunir gerações distintas de público, e Fuerza Regida com Grupo Frontera foi um jeito sólido de mostrar as muitas facetas da música mexicana. Também fomos grandes fãs de Carin Leon e Kacey Musgraves juntos, num momento de cruzamento de gêneros, e vibramos com a energia de Gloria Estefan e Nathy Peluso cantando lado a lado. —J.L.

Kakalo, DannyLux e Ivan Cornejo mudam o jogo
A música mexicana nem sempre recebe o destaque que merece na transmissão, mas o show apresentou um momento sólido homenageando a nova geração de artistas do gênero. Kakalo, DannyLux e Ivan Cornejo subiram ao palco para mostrar como estão dando uma nova cara às coisas, cada um apresentando sua própria faixa. Kakalo começou com “Tierra Trágame”, DannyLux exibiu seu timbre aveludado em “Sirena” e Cornejo encerrou tudo com uma performance sóbria de “Atención”, destacando sua vulnerabilidade e sonoridade melancólica. —J.L.

Momentos aquém do esperado no Grammy Latino 2025

Pepe Aguilar não acerta em cheio
Para uma premiação que, em grande parte, soube destacar o futuro da música latina, a performance tradicional de charro e ranchera de Pepe Aguilar pareceu uma escolha inesperada — e não exatamente necessária. Depois de cerca de dois anos dos Aguilar dominando o noticiário de celebridades — da estranha linha do tempo do relacionamento entre Ángela Aguilar e Christian Nodal às recorrentes declarações públicas de Emiliano, filho de Pepe, sobre o afastamento da família — a aparição de Pepe (com apenas uma indicação, que ele acabou perdendo para Nodal) soou como um tropeço. O show teria se beneficiado de colocar Aguilar ao lado de um artista mais jovem que estivesse ajudando a evoluir justamente o gênero que Aguilar trabalha para preservar. (E ceder um pouco o holofote teria sido inteligente até para a própria imagem dos Aguilar.) —T.M.

Quantos votantes mesmo?
A gente adora quando a Academia nos mostra um pouco de como funciona o processo de votação e o que leva às decisões da noite. Mas em quase todas as falas de apresentação das categorias, os anfitriões e apresentadores mencionaram que “um milhão de votantes” participou — a ponto de a frase perder completamente o sentido até o fim da noite. Gente, entendemos; são muitos votantes! —J.L.

Precisamos de mais amor aos artistas alternativos!
Já foi decepcionante que uma nova onda de artistas alternativos latinos, como o trio mexicano Latin Mafia, a cantora e compositora espanhola Judeline e o artista-produtor Rusowsky, não tenha entrado nas categorias maiores, apesar de seus lançamentos inovadores. Ainda assim, todos concorriam a Melhor Álbum Alternativo e Melhor Canção Alternativa. Embora a dupla argentina CA7RIEL e Paco Amoroso merecesse muitas vitórias, eles levaram as duas categorias — quando teria sido interessante ver uma energia um pouco diferente. Latin Mafia, Judeline e Rusowsky depois se encontraram e tiraram algumas fotos juntos, incluindo uma bem divertida com todos mostrando o dedo para a câmera. Talvez esse esnobe inspire a colaboração Latin Mafia, Judeline e Rusowsky que a gente precisa. —L.V.

MEU DEUS!

A grande surpresa de Sanz
Quando Alejandro Sanz pediu desculpas a Bad Bunny e Karol G por ganhar Gravação do Ano, pareceu um lembrete de que o Latin Grammy pode ser… meio old school. Em uma categoria recheada com duas das maiores músicas de Bad Bunny, “#Tetas” e “El Día del Amigo”, de Ca7riel e Paco Amoroso, e até “Ao Te Lado”, de Liniker, sua vitória sugeriu que a Academia ainda pode estar jogando pelo seguro, apostando no que sua base de votantes mais antiga conhece melhor. Parte do problema pode ter sido que múltiplas indicações na mesma categoria dividiram os votos, mas a vitória de Sanz em Gravação do Ano ainda foi um choque. —T.M.

Paloma Morphy é nossa nova rainha em ascensão
Paloma Morphy levou o prêmio de Artista Revelação — e estamos 100% a favor. Na mesma linha de Latin Mafia e Nsqk, Paloma está remodelando a cena alternativa latina com um som que cruza gêneros. No início desta semana, a artista da Cidade do México contou à Rolling Stone como reagiu à indicação: “Quando comecei a fazer música, larguei meu outro trabalho”, disse ela. “Eu estava em dúvida se isso era mesmo pra mim. A vida está me mostrando sinais de que fiz a escolha certa.” Esta vitória deixa claro que o domínio de Morphy é iminente. —L.V.

Karol desabafa
Ao aceitar o prêmio de Canção do Ano, Karol G inesperadamente pediu um momento para responder aos críticos. Ela pediu explicitamente que não cortassem seu microfone — e então falou tudo o que tinha para falar. A superestrela colombiana revelou uma dificuldade pela qual estava passando: “Isso aconteceu em um momento estranho da minha vida e a única coisa que restou disso tudo para mim foi voltar à raiz e à intenção, e retornar ao propósito do que estou fazendo — porque eu amo isso, porque eu gosto disso e porque eu nasci para isso.” —L.V.

Amor por Liniker
A artista brasileira começou a noite muito bem, com indicações em categorias importantes como Álbum do Ano e Gravação do Ano. Mas foi especialmente bom ver que ela não ficou isolada ao longo da cerimônia: sua performance perto do final, logo após Elena Rose, foi um grande destaque que permitiu que mais gente conhecesse sua música e seu som. Foi particularmente emocionante vê-la representar o Brasil e a música em português, considerando como é difícil para artistas brasileiros ganharem espaço na indústria — e na própria premiação. —J.L.

+++LEIA MAIS: Grammy Latino 2025: todos os brasileiros que venceram na cerimônia

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