Celebridade
Paul McCartney descreve o momento em que soube da morte de John Lennon

O cantor Paul McCartney relembrou o momento em que soube da morte do cantor John Lennon (1940-1980). Em um trecho do livro ‘Wings: The Story of a Band on the Run‘, lançado nesta semana, ele descreveu como foi receber a noticia do falecimento do seu ex-companheiro da banda Beatles.
O artista contou que recebeu a notícia da morte de Lennon por meio do seu empresário logo no início da manhã. Ele descreveu a lembrança como o “mesmo momento horrível” de quando aconteceu o assassinato de John F. Kennedy. “Foi simplesmente inacreditável”, afirmou ele, que ainda disse que sua visão ficou toda “embaçada”. “Não dava para assimilar. Eu ainda não consegui. E não quero”, afirmou.
Inclusive, McCartney contou que foi para o estúdio musical com Ringo Starr e George Harrison após a morte de Lennon, já que eles não queriam ficar em casa. “Todos nós tínhamos que ir trabalhar e estar com pessoas que conhecíamos. Simplesmente tinha que continuar”, afirmou ele.
A morte de John Lennon
Em 8 de dezembro de 1980, o mundo da música e milhões de fãs em todo o planeta foram devastados por uma notícia brutal: John Lennon, um dos maiores ícones do rock e ativista pela paz, havia sido assassinado em Nova York. O crime, cometido por um fã obcecado, encerrou tragicamente a vida do ex-Beatle, aos 40 anos, e permanece como um dos eventos mais chocantes da história recente.
O local do crime foi o lendário Edifício Dakota, em frente ao Central Park, onde Lennon morava com sua esposa, a artista plástica Yoko Ono. A frieza e o desfecho do ataque garantiram que o caso se tornasse um marco de luto e consternação global.
O momento do crime
O assassino era Mark David Chapman, um segurança de 25 anos, que nutria uma obsessão por Lennon e, ao mesmo tempo, uma raiva motivada por declarações polêmicas do músico, incluindo a famosa frase de 1966 sobre os Beatles serem “mais populares que Jesus” e a crítica a conceitos como Deus e a própria banda em algumas de suas músicas solo. Chapman também revelou, em depoimentos posteriores, que buscava notoriedade e que matar Lennon era uma forma de “cancelar seu passado” e ganhar identidade.
Horas antes do crime, Lennon teve um contato inesperado com seu futuro algoz, que aguardava na calçada do Dakota. Chapman abordou o músico, que, gentilmente, assinou a capa de seu álbum recém-lançado, Double Fantasy.
À noite, Lennon e a esposa voltaram para o prédio. Foi então que Chapman, que ainda estava no local, sacou um revólver Charter Arms calibre 38. Chapman disparou cinco tiros contra John Lennon, dos quais quatro o atingiram nas costas e no ombro esquerdo. Apesar da gravidade dos ferimentos, John Lennon conseguiu cambalear alguns metros e entrar no saguão do prédio, caindo logo depois. O porteiro do Dakota, Jose Perdomo, desarmou Chapman.
Chapman, por sua vez, não tentou fugir. Ele se sentou calmamente na calçada, aguardando a chegada da polícia.
Apesar dos esforços intensos de ressuscitação e transfusões no hospital, o músico não resistiu. O chefe de emergência do hospital, Dr. Stephan Lynn, explicou à imprensa que Lennon sofreu danos significativos no principal vaso sanguíneo do peito, resultando em “choque e hemorragia maciça”. O ex-Beatle foi declarado morto às 23h07.
O corpo de John Lennon foi cremado dois dias depois, e suas cinzas foram entregues a Yoko Ono, que optou por não realizar um funeral.
Leia também: George Harrison teria dito que Paul McCartney arruinou sua carreira
- John Lennon
- paul mccartney
