Celebridade
Maiara desabafa sobre Marília Mendonça e médica orienta: ‘Acolher cada emoção’

No show da última quarta-feira, 29 de outubro, a cantora Maiara, da dupla com Maraisa, fez uma pausa para falar sobre a saudade que sente de Marília Mendonça, amiga e companheira de palco, cuja ausência ainda é sentida profundamente pelas irmãs.
Após cantar Todo Mundo Menos Você, música que gravou ao lado de Marília, a artista desabafou. “Hoje eu confesso que senti uma falta dela gigante. Porque eu tô passando por uma coisa, Maraisa também está passando, e eu teria feito uma ligação para ela e ela teria me acalmado nessa hora”, disse, com a voz embargada.
Visivelmente emocionada, a cantora contou que costumava recorrer à amiga em momentos difíceis. “Ela teria me dado a melhor sugestão, o melhor conselho da vida. Talvez ela teria me feito ver o oposto”, completou. Em seguida, revelou que chegou a pedir, por intuição, uma ajuda espiritual. “Até pedi por intuição, mas a gente acaba sendo cabeça dura e agindo por nossos esforços. Se ela tivesse aqui, talvez teria me acalmado melhor e eu teria tomado outra decisão.”
O luto não é linear
A morte da cantora completará 4 anos na próxima quarta-feira, 5 de novembro. Mas isso não significa que o luto não pode ser sentido mais. Em conversa com a CARAS Brasil, a psiquiatra Dra. Maria Fernanda Caliani explicou que esse processo não é linear.
“Ainda assim, é comum que muitas pessoas passem por algumas fases emocionais, como negação, raiva, barganha , tristeza e aceitação. Esses estágios não ocorrem de forma obrigatória ou em uma ordem fixa cada indivíduo vivencia o luto à sua maneira, e isso precisa ser respeitado. Além disso, reações físicas e cognitivas também são comuns: insônia, cansaço, dificuldade de concentração e até sintomas semelhantes aos da ansiedade ou depressão podem aparecer. O mais importante é acolher cada emoção, sem julgamentos”, disse.
Leia também: Maiara se emociona ao relembrar Marília Mendonça durante show: “Faz falta”
A médica explicou, entretanto, que quando há sintomas intensos, que causam sofrimento significativo ou prejuízo funcional, que impede a pessoa de retomar sua vida, podemos estar diante de um quadro de luto patológico.
“Sinais de alerta incluem isolamento social extremo, incapacidade em retomar atividades cotidianas, culpa intensa e persistente, desespero constante, ideação suicida ou recusa total em aceitar a perda. Nessas situações, a escuta profissional é essencial”.
