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Celebridade

Jade Mascarenhas celebra estreia dupla no cinema: ‘Momento de maturidade artística’

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A atriz Jade Mascarenhas está em uma fase de destaque e realização profissional. Aos 26 anos, ela estreia no cinema em dose dupla com os filmes O Homem de Ouro, de Mauro Lima Pavlov, e A Própria Carne, de Ian SBF – ambos exibidos pela primeira vez no Festival do Rio, um dos eventos mais importantes do país.

Em entrevista exclusiva à CARAS Brasil, Jade falou sobre sua trajetória, a nova fase da carreira e o desejo de continuar criando e experimentando na arte.

“É uma sensação meio surreal”, define Jade ao falar sobre a chegada simultânea de seus dois primeiros longas. “Os dois filmes são muito diferentes entre si, e vê-los chegando juntos dá a impressão de que tudo que eu venho construindo nos últimos anos finalmente encontrou um lugar. É uma virada de chave, mas também uma confirmação de que o caminho que trilhei da inquietação e da busca por sentido no que eu faço funcionou. Estou vivendo um momento de maturidade artística, e com o mesmo frio na barriga de quando comecei.”

As produções não poderiam ser mais distintas – e justamente por isso desafiaram a atriz em diferentes direções. “As duas personagens são esquisitas e contraditórias, algo que carrego em mim. Em Homem de Ouro, a Soninha é uma adolescente revolucionária dos anos 60 em Salvador, profundamente movida por justiça social, e mesmo assim tem em seu tio contraventor (Renato Góes/Mariel) a pessoa que ela mais admira. Já em A Própria Carne, a Garota é hora vítima, hora agente nessa história de ruína e guerra, mas eu tive que acessar um lugar muito mais físico porque o gênero pede silêncio, sutileza e urgência.”

 


Ambos os filmes serão exibidos no Festival do Rio, um dos mais importantes do país. “O Festival do Rio é muito especial, principalmente pra quem cresceu amando cinema brasileiro. É onde as histórias encontram o público pela primeira vez e assim a obra se concretiza, porque um filme enquanto não é assistido é só um arquivo. Estar no festival é a concretização de muitos dos meus sonhos. Estou feliz demais.”

Atualmente, Jade também está em cartaz com a peça Toc Toc e prepara um espetáculo autoral para 2026: “Sempre sou movida pela necessidade de me expressar. Não consigo ser apenas uma atriz que é escalada para papéis, preciso ter minha própria voz também. Tem uma vontade insaciável dentro de mim de criar.”

Com passagens marcantes por Elas por Elas, As Five, Beijo Adolescente e Amor da Minha Vida, Jade celebra a força de uma nova geração. “Existe uma nova geração de atrizes que não espera ser descoberta. A gente cria, escreve, produz, se posiciona. O streaming abriu caminhos, mas também nos desafiou a pensar novas formas de existir artisticamente. É bonito ver tantas mulheres da minha geração se afirmando, cada uma com sua voz, sua estética e sua visão de mundo.”

Leia também: Jade Mascarenhas abre conexão com Mariana Santos em Elas por Elas: ‘Profundas e perturbadas’

Na Globo, Jade viveu a fase jovem da personagem Natália em Elas por Elas, contracenando com Mariana Santos, que interpretou a versão adulta.

“Foi uma troca muito rica. A Mariana foi supergenerosa, e pude observar o jeito como ela construía a personagem para entender o que poderia herdar dessa mulher. Aprendi muito sobre ritmo de gravação e sobre segurar um personagem no formato de novela, que é completamente diferente do cinema e do teatro. No set da Globo há algo lúdico que me lembrou o porquê eu me apaixonei por atuar”, contou.

“Mudar de cidade é sempre um recomeço, e cada lugar me trouxe um pedaço do que sou hoje”, diz Jade, que nasceu em São Paulo, cresceu em Maringá e hoje vive no Rio. “Essa mistura aparece nos meus personagens e no meu trabalho em geral. Estou sempre em trânsito e gosto disso. Acho que consigo me sentir igualmente em casa e igualmente deslocada em todos os lugares que vou. E isso me enriquece.”

A atriz também falou sobre sua veia independente, revelada em Panteras do Lula e Caso Cabaret Privé. “É essencial. As grandes produções me desafiam tecnicamente, mas os projetos autorais me lembram por que comecei. Quando faço algo independente, experimento, erro e não dá pra parar com isso. Isso me mantém viva artisticamente, me impede de virar apenas ‘intérprete’.”

Ela ainda lembrou das parcerias com Pedro Granato e Zel Junior: “Foram nos sets minúsculos e caóticos que aprendi tudo que sei sobre entregar tudo pra câmera. Continuamos criando juntos até hoje.”

Com quase uma década de carreira, Jade Mascarenhas reflete sobre o momento em que percebeu que nasceu para atuar: “Foi quando percebi que atuar podia ser também uma forma de pensar o mundo. Quando entendi que o trabalho do ator não é só reproduzir emoções, mas investigar o humano, as estruturas, os afetos. Tive esse clique num projeto pequeno, independente, com poucos recursos, em que eu também produzia, ajudava no figurino e editava. Foi fazendo histórias que senti que essa profissão é minha maneira de existir no mundo.”

Jade segue em busca de novos desafios: “O que mais desejo é longevidade criativa. Tenho vontade de dirigir, de filmar fora do Brasil, de ter oportunidade de chamar todos os meus amigos para trabalhar comigo. Se eu conseguir continuar fazendo arte com verdade e ainda tendo a sorte de me sustentar com isso, já estou feliz.”

CONFIRA PUBLICAÇÃO RECENTE DA JADE MASCARENHAS NAS REDES SOCIAIS:

Aos 26 anos, Jade Mascarenhas vem se destacando como uma das novas vozes do audiovisual brasileiro. No currículo, coleciona trabalhos de peso: ‘Elas por Elas’, ‘As Five’, ‘Amor da Minha Vida’, ‘Beijo Adolescente’, além da novela ‘Êta Mundo Bom!’ e participações no Porta dos Fundos.


Gabriela Cunha

GABRIELA CUNHA é formada em Jornalismo pela UPM. Transformou uma paixão em profissão e, agora, escreve sobre novelas, TV e celebridades

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