Celebridade
Morre Fernando Fecchio, ator de destaque no teatro e ex-MTV, aos 45 anos

O ator e bailarino Fernando Fecchio, integrante da companhia paulistana Os Parlapatões, morreu aos 45 anos. A notícia foi confirmada pelo grupo teatral em uma publicação nas redes sociais nesta quinta-feira, 23. A família não revelou a causa da morte. Na homenagem, a companhia compartilhou fotos do artista e lamentou sua partida precoce.
“Estamos tristes. Perdemos Fernando Fecchio. Sempre é de repente. Sempre é no susto. E quando é alguém especialmente alegre, parece que fica mais difícil. Perdemos um Parlpatão que se jorrou e pulsou energia, dentro e fora de cena. Fechio amado por toda a trupe, bom de bagunça e afiado na cena, fez uma legião de amigas e amigos”, escreveram.
Em seguida, declararam: “A essência da solaridade, agitando tudo. Rindo e fazendo rir. De olho nos detalhes, seja do gesto, seu corpo àgil e dominado na cena, seja no cuidado carinhoso e criativo com os figurinos. E como cuidou de nosso acervo!!! Apaixonado pelo palco e pela gente do palco. Hoje nosso brinde, nosso evoé é para celebrar sua imensa alegria que fica aqui, sobre o palco, como aquele gole rápido seguido de uma gargalhada que fez você tomar conta de nós”.

Quem era Fernando Fecchio?
Natural de São Paulo, Fernando Fecchio se formou pelo Teatro Escola Célia Helena. Ele iniciou sua carreira teatral em 1999, atuando na peça Te amo Amazônia, de Paulo César Coutinho. Ao longo dos anos, participou de montagens de obras clássicas de autores como José Saramago, William Shakespeare e Tennessee Williams. No universo da televisão, integrou o elenco do seriado Descolados, exibido pela MTV.
Homenagem de Ruy Cortez
O diretor teatral Ruy Cortez também fez um post para homenagear o ator e relembrou momentos da carreira dele. “E hoje fico sabendo da partida desse amigo querido, ator maravilhoso. Foi meu aluno na minha primeira turma no Célia Helena em 1999. A matéria era Análise e Interpretação de Texto e trabalhamos sobre MACBETH de Shakespeare”, iniciou na legenda.
“Apesar de uma incursão extensa pela comédia, Fernandinho era um ator tragicômico e não posso me esquecer da qualidade com que ele encarnava as perturbações sombrias do general assassino. Depois ele esteve na montagem de REI LEAR, também do bardo, com direção do Ron Daniels e Raul Cortez protagonizando. Ele fez todas as temporadas da peça, convivemos muito no Rio de Janeiro, durante a temporada do Villa Lobos”, declarou em seguida.
“Raul AMAVA ele. E eles tinham até certa parecência. Depois Fernandinho foi pra vida e pra carreira, trabalhou bastante com os Parlapatões, fez um Copi lindo, no monólogo A GELADEIRA. Fernandinho era alegria, afeto, carisma e encanto. E o principal, um ator, um artista nato. Fica essa manhã triste, o absurdo dessa vida e muita saudade. Amigo querido, você partiu muito novo. Meus sentimentos mais profundos à família”, finalizou.
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