Celebridade
Médica explica os sintomas e causas da doença de Lexa e alerta para os riscos: “Influenciam”
Em 2023, Lexa revelou publicamente que foi diagnosticada com Tireoidite de Hashimoto, uma condição autoimune que exige acompanhamento médico contínuo e atenção redobrada à rotina. A cantora, que sempre compartilhou momentos de sua vida com transparência, abriu espaço para um tema pouco falado, mas que atinge milhões de pessoas no mundo.
Em entrevista à CARAS Brasil, a médica nutróloga Dra. Cibele Spinelli explica que a Hashimoto é uma doença silenciosa, de evolução lenta, e que pode impactar várias funções do corpo. “É uma doença autoimune em que o próprio sistema imunológico passa a atacar a tireoide, levando a um processo inflamatório crônico. Com o tempo, a glândula pode produzir menos hormônios tireoidianos (T4 e T3), desacelerando funções do corpo: metabolismo, temperatura, intestino, pele, cabelos, humor e cognição”, diz.
A médica alerta que o estresse é um dos principais agravantes do quadro e pode piorar significativamente os sintomas. “Sim. Estresse crônico, pouca qualidade de sono e sedentarismo amplificam a inflamação e os sintomas. Estratégias com atividade física regular, higiene do sono, técnicas de gestão do estresse (mindfulness, terapia, respiração) fazem parte do tratamento.”
Segundo a especialista, embora não exista uma forma definitiva de prevenir a Tireoidite de Hashimoto, adotar hábitos equilibrados pode reduzir o risco. “Há predisposição genética, mas fatores ambientais influenciam o ‘desencadear’: excesso de iodo, tabagismo (evitar sempre), infecções, disbiose intestinal, pós-parto, exposição a disruptores endócrinos e deficiências nutricionais. Não é possível ‘blindar’ 100%, mas cuidar do estilo de vida, manter iodo em faixa adequada (nem demais, nem de menos), corrigir deficiências e acompanhar quem tem histórico familiar ajuda a reduzir o risco e a detectar precocemente.”
Entre os fatores de risco da doença da cantora, Dra. Cibele cita: “Sexo feminino e história familiar de tireoidite; outras autoimunidades (celíaca, DM1, vitiligo); pós-parto; excesso de iodo, radiação cervical prévia; idade adulta (mas pode ocorrer em jovens); estresse crônico e privação de sono”, finaliza.
