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Capacitação é chave para ESG com impacto real, alerta especialista

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Para Alessandro Saade, não basta criar áreas de ESG nas empresas apenas para atender exigências do mercado
Para Alessandro Saade, não basta criar áreas de ESG nas empresas apenas para atender exigências do mercado – Gabriela Santana

A importância de aproximar as agendas ESG das organizações sociais foi tema de uma masterclass conduzida por Alessandro Saade, especialista em inovação social e CEO do Espro (Ensino Social Profissionalizante). O encontro aconteceu no Web Summit Rio 2025 e trouxe reflexões sobre o papel das empresas e das ONGs em transformar boas intenções em impacto mensurável.

Para Saade, não basta criar áreas de ESG (Environmental, Social and Governance) nas empresas apenas para atender exigências do mercado. É preciso enraizar esses valores na cultura organizacional e buscar resultados reais. “Quando as coisas estão só no papel, não passam de uma tese solta”, alertou. Ele também chamou atenção para o desequilíbrio nas práticas, com foco excessivo em meio ambiente e perda de espaço para pautas de diversidade, equidade e inclusão.

O especialista destacou que o terceiro setor não busca parcerias “por pena”, mas sim por propósito compartilhado. Segundo ele, as ONGs precisam profissionalizar seus processos, falar a linguagem de quem investe e apresentar resultados claros. “O impacto no momento é importante, mas a transformação ao longo do tempo é o legado”, afirmou.

Governança e experiência da Espro

Espro foi criado para preparar jovens para o mercado de trabalho
Espro foi criado para preparar jovens para o mercado de trabalho – Gabriela Santana

A governança foi outro ponto central da conversa. Saade defendeu que prestação de contas precisa ir além de fotos e boas histórias. Para ele, ONGs devem apresentar números, indicadores e se comunicar com clareza com diferentes públicos — do governo à comunidade. “Ser poliglota é essencial. Sem essa tradução, as organizações perdem credibilidade.”

Como exemplo prático, Saade apresentou a trajetória do Espro, que hoje é autossuficiente e funciona com base em inteligência de dados e inovação. A organização realiza pesquisas, mede a satisfação de seus públicos e avalia os próprios processos. “Medir o impacto é a única maneira de medir a governança. É mais do que estratégia: é uma crença”, explicou.

Criado para preparar jovens para o mercado de trabalho, o Espro também inspira outras iniciativas a adotarem uma gestão mais ágil, com base em resultados e foco em transformação. “Nosso objetivo não é ganhar dinheiro, é subir a régua”, disse Saade. Ele também reforçou que fome, saúde e educação devem ser as prioridades centrais de quem busca causar impacto social duradouro.



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