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Médico fala da importância do tratamento em doença diagnosticada em Carlinhos de Jesus: ‘Qualidade de vida’

No último dia 8 de outubro, Carlinhos de Jesus usou suas redes sociais para compartilhar que tem melhorado bastante com o tratamento contra a neuro radiculopatia desmielinizante crônica, diagnosticada recentemente.
Segundo o jurado do Dança dos Famosos, a fisioterapia é a responsável por aliviar suas dores. “O terapeuta tem feito um ótimo trabalho no alívio das minhas dores! Antes, as dores eram tão intensas que foi necessário fazer o uso de morfina! Hoje, me sinto bem melhor, graças aos profissionais que me acompanham”.
O que é a doença?
A CARAS Brasil conversou com o Dr. Matheus Castelan, médico neurologista, para entender sobre a neuro radiculopatia desmielinizante crônica. O especialista esclareceu que a doença é autoimune e crônica, em que o próprio sistema imunológico ataca a mielina, a camada protetora das fibras nervosas — especialmente nas raízes nervosas e nos nervos periféricos.
“Com o tempo, essa inflamação leva à deterioração da condução elétrica nos nervos, afetando diretamente a capacidade do cérebro de se comunicar com o corpo, resultando em fraqueza muscular, alterações de sensibilidade e reflexos diminuídos”, disse.
Principais causas
O Dr. Matheus esclareceu que a causa exata ainda é desconhecida. Mas, em alguns casos, ela pode estar associada a:
- Infecções virais ou bacterianas prévias;
- Doenças autoimunes sistêmicas;
- Gamopatias monoclonais;
- Diabetes mellitus;
- Uso de certos medicamentos.
Perguntamos, ainda, se há diferenças entre a radiculopatia desmielinizante e outras doenças neurológicas autoimunes. A resposta é sim!
“Apesar de compartilharem o mecanismo autoimune, cada condição afeta regiões diferentes do sistema nervoso: CIDP (a Polineuropatia Inflamatória Desmielinizante Crônica) afeta nervos periféricos e raízes nervosas; a esclerose múltipla (EM) atinge o sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal); a síndrome de Guillain-Barré é semelhante à CIDP, mas de evolução aguda e autolimitada, enquanto a CIDP é crônica e progressiva.”
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Segundo o especialista, os critérios diagnósticos, a evolução clínica e os tratamentos variam significativamente entre elas.
“A CIDP é uma condição tratável, e muitos pacientes conseguem manter uma boa qualidade de vida com o tratamento adequado. O diagnóstico precoce e o acompanhamento neurológico especializado fazem toda a diferença. Se você ou alguém próximo estiver com sintomas neurológicos progressivos, não hesite em procurar um neurologista. O tempo é um fator essencial na neurologia”, completou.
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