Celebridade
Famosos como Jojo Todynho e Thais Carla aderem à bariátrica e inspiram recomeços: ‘Exige preparo’

A cirurgia bariátrica vem ganhando cada vez mais visibilidade, impulsionada por relatos de personalidades como Jojo Todynho e Thais Carla. Mas, para além do emagrecimento, essa é uma jornada que envolve saúde física, emocional e mudanças profundas no estilo de vida.
Quem explica isso para a CARAS Brasil é a gastroenterologista Dra. Bárbara Mariano: “O procedimento é uma ferramenta poderosa no tratamento da obesidade grave, mas exige preparo, acompanhamento e responsabilidade. Não se trata de estética, e sim de saúde — e de transformar, com consistência, a relação do paciente com seu corpo e sua vida”.
Critérios, riscos e o papel do cuidado multidisciplinar
Segundo a Dra. Bárbara, os critérios para indicação da cirurgia são bem definidos. “É indicada para pacientes com IMC acima de 40 ou acima de 35 com comorbidades como diabetes tipo 2 e hipertensão. Em casos específicos, como diabetes de difícil controle, pode ser indicada a partir de IMC 30. O paciente precisa ter histórico de obesidade por pelo menos cinco anos e falha em outras abordagens”.
Além disso, é essencial passar por uma avaliação multidisciplinar, que inclui endocrinologista, psicólogo e nutricionista.
Muito antes da cirurgia, o trabalho já começa com a reeducação alimentar. No pré-operatório, a meta é reduzir a gordura hepática, melhorar o estado nutricional e preparar o corpo. No pós, o acompanhamento é ainda mais essencial, com uma introdução gradual de alimentos e suplementação específica de vitaminas e minerais como ferro, zinco, cálcio, vitamina D e complexo B.
Mas a médica faz um alerta: “A cirurgia muda o estômago, mas o comportamento alimentar e emocional ainda precisam ser cuidados com atenção. A Síndrome de Dumping, por exemplo, é comum em quem retoma hábitos anteriores”.
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Abordagem funcional integrativa
A bariátrica exige um plano terapêutico contínuo e multidisciplinar, e é aí que a Medicina Funcional Integrativa mostra seu diferencial.
“Trabalhamos o paciente como um todo. Olhamos para a saúde intestinal, estado nutricional, qualidade do sono, saúde mental, deficiências hormonais e fatores emocionais que podem ter contribuído para o ganho de peso. É um tratamento de dentro para fora, e não só da balança para o espelho”, destaca Dra. Bárbara.
Ela explica que cada pilar é fundamental: nutrição adequada, atividade física personalizada, suporte psicológico, rede de apoio e educação contínua para que o paciente seja protagonista do seu cuidado. “A cirurgia é o início. A transformação acontece todos os dias, com escolhas conscientes”.
A médica reforça que os casos de sucesso envolvem comprometimento e constância. “André Marques, por exemplo, é um exemplo positivo de como a mudança pode ser duradoura. Mas isso só acontece com acompanhamento frequente, adesão ao plano alimentar, atividade física e equilíbrio emocional”.